Alexandre Nero descobre pedra nos rins; como identificar a condição?

Saúde
09 de Janeiro, 2023
Alexandre Nero descobre pedra nos rins; como identificar a condição?

A presença de cálculos renais — as famosas pedras nos rins — é uma situação traumática para muitas pessoas. Afinal, as dores causadas pelo distúrbio são intensas e limitantes. O ator Alexandre Nero foi uma vítima recente do problema e disse ter sentido a “pior dor da vida”.

A crise foi tão forte que o artista precisou se afastar das gravações da novela “Travessia”. Logo após o episódio, Nero compartilhou no Twitter a experiência e brincou: “sou vaso ruim”.

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Quais são os sintomas da condição de Alexandre Nero?

Antes de mais nada, vamos explicar o que são as pedras nos rins. Elas são pequenas formações duras que se formam ou nos rins ou nas vias urinárias. A princípio, esses cálculos são decorrentes o acúmulo de cristais na urina.

Quando se instalam, costumam provocar fortes dores abdominais. Contudo, é importante saber diferenciá-las, pois é comum confundi-las com outros desconfortos.

A dor nos rins surge de forma repentina e atinge um dos lados do corpo, na região lombar, logo abaixo das costelas. No entanto, o incômodo não se alivia em repouso ou em outras posturas, e dependendo do problema, tende a ficar mais intenso.

Além disso, a pessoa tem febre e náusea, sintomas típicos de uma “crise renal” e precisa ir ao hospital. Por fim, outra evidência é a alteração na urina: sangue no xixi, dificuldades para urinar e não esvaziar completamente a bexiga são alguns sinais que merecem atenção.

Uma curiosidade é que quando a pedra está dentro dos rins, dificilmente os sintomas se manifestam. O desconforto geralmente aparece no momento em que os cálculos se movimentam dos rins para a bexiga.

Assim, durante o trajeto, acaba provocando a tal cólica renal, que se inicia nas costas, mas pode migrar para a bexiga ou para o pé da barriga, dependendo do caminho da pedra

Quais são as causas?

Beber pouca água, consumir bebidas alcoólicas em excesso, se alimentar de muitos embutidos e produtos industrializados e ter uma vida sedentária são fatores de risco para desenvolver pedras nos rins. Outros motivos:

  • Predisposição genética.
  • Volume insuficiente de urina, ou urina supersaturada de sais.
  • Fatores ambientais, como o clima quente, exposição ao calor ou ao ar-condicionado, por exemplo.
  • Dieta rica em proteínas e em sal.
  • Obstrução das vias urinárias.
  • Hiperparatireoidismo (transtorno hormonal relacionado ao metabolismo do cálcio).
  • Doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, estima-se que 1 em cada 10 pessoas no Brasil sofra da doença.

Na prática, a urina é composta de água e vários elementos. Todavia, alguns deles são “formadores” de pedras como sódio, cálcio, oxalato, fosfato e outros elementos protetores, como o citrato, magnésio e glicoproteínas.

O ideal é que a urina possua equilíbrio em todos seus componentes. Quando ocorrem variações e desequilíbrio da quantidade destas substâncias, expõe-se o risco de formação das pedras.

Então, se o cálculo causar uma infecção, podem surgir sintomas como urina turva ou com mau cheiro, além de febre.

Como tratar?

Assim como Alexandre Nero, é essencial ir ao hospital para receber o devido tratamento. Os cuidados dependem de diversos fatores — tamanho, composição ou a localização do cálculo e do estado clínico do paciente.

De forma geral, utilizam-se medicamentos para o controle da dor e para auxiliar na eliminação espontânea do cálculo.

Mas, a boa notícia é que a maioria das pessoas elimina o cálculo de forma espontânea, sobretudo quando eles são pequenos. Porém, uma parcela menor precisa fazer o tratamento cirúrgico das pedras nos rins, que hoje são muito modernos e menos invasivos.

Nesse caso, o paciente é operado e vai embora no dia seguinte e eventualmente até no mesmo dia. Para remover o cálculo, os médicos podem:

  • Usar ondas sonoras poderosas para quebrar o cálculo em pedaços pequenos (um procedimento chamado litotripsia) que serão eliminados pela urina.
  • Recorrer a um endoscópio para remover o cálculo. Nesse caso, o procedimento pode ser feito pela sua uretra ou rim por meio de um pequeno corte nas costas.

 

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Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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