Alectomia: cirurgia nasal só pode ser feita por especialistas; saiba mais
Procedimento que altera as asas nasais, a alectomia volta e meia ocupa o noticiário por conta de resultados que não saíram como o planejado. A cirurgia possui indicações muito precisas. No entanto, se for mal executada ou por profissionais não habilitados, pode causar dificuldade de respiração, função primordial do nariz.
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Alectomia integra a rinoplastia e é mais utilizada para afinar o nariz
Jairo Casali, médico cirurgião plástico membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), alerta que a alectomia não é um procedimento isolado. Ou seja, ela é parte uma cirurgia plástica no nariz. Além disso, na maioria dos casos, ela é o último passo da rinoplastia.
“Modificar as asas nasais isoladamente, sem corrigir outras estruturas do nariz pode não dar o aspecto estético desejado. O correto é tratar o nariz como um todo, equilibrando o órgão com a face do paciente”, esclarece.
O especialista destaca que as asas nasais são importantes para a beleza e função do nariz, mas que alguns profissionais levam em conta, erroneamente, apenas a questão estética e realiza a intervenção sem as demais etapas.
Cirurgia não pode ser feita por odontólogos
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), apenas médicos e especialistas da área podem fazer a alectomia. Por exemplo, cirurgiões plásticos e otorrinolaringologistas. Portanto, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) proíbe a prática por odontólogos.
“Fisiologicamente, as asas nasais são componentes que chamamos de Válvula Nasal Externa, ou abertura nasal, que é a primeira região por onde o fluxo de ar passa. Logo, aquele que não conhecer essas premissas pode cometer erros graves. Como resultado, retira pele em excesso, sutura a pele em ângulo errado, diminui demais as narinas e causa sérios problemas respiratórios no paciente”, alerta Jairo.
Rinoplastia, alectomia e rinomodelação: entenda as diferenças
Rinoplastia: é um procedimento cirúrgico, definitivo, que pode aumentar ou diminuir as proporções do nariz. Melhora a estética com base nos desejos do paciente e ainda trata a parte funcional, corrigindo os problemas respiratórios.
Alectomia: é um dos passos (tempos cirúrgicos) de uma rinoplastia, feita por último, depois de modificar e corrigir todas as estruturas.
Rinomodelação: é um procedimento não cirúrgico, realizado em consultório sob anestesia tópica com uma pomada. Antes da técnica, aplica-se ácido hialurônico (através de uma agulha ou cânula) para corrigir defeitos do contorno do nariz. O procedimento é rápido, cerca de 30 minutos. Contudo, o resultado não é definitivo — dura cerca de um ano.
Como saber se estou fazendo uma cirurgia com um profissional de confiança?
Com o aumento de pessoas realizando cirurgias plásticas, não faltam profissionais oferecendo o serviço. Sobretudo nas redes sociais, onde compartilham resultados e informações que atraem diversos interessados.
Todavia, antes de acreditar na vitrine virtual, busque informações do médico na internet, se há histórico de processos, reclamações e outros possíveis problemas.
Além disso, é importante verificar se o médico possui registro regular nos conselhos de medicina e nas sociedades. Por exemplo, caso o profissional seja cirurgião plástico, ele precisa pertencer à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Por fim, as indicações de pessoas próximas também fazem a diferença. Ver um pós-operatório de alguém pode ajudar na decisão de realizar um procedimento com aquele especialista.