Alaskapox: entenda o que é o vírus que causou uma morte nos EUA
Um novo vírus está circulando nos Estados Unidos: o Alaskapox. Também chamado de varíola do Alaska, causa uma rara infecção cutânea. Recentemente, um homem morreu em decorrência do vírus. A vítima, anunciada pelas autoridades de saúde na última sexta-feira (9), era um idoso com uma doença que enfraquece o sistema imunológico. A confirmação do casso ocorreu apenas no dia 9 de fevereiro.
Leia mais: Lesões da monkeypox: afinal, dá para diferenciá-las de outras doenças?
O que é o Alaskapox?
O primeiro diagnóstico de ‘Alaskapox’ ocorreu em 2015 em uma mulher que morava perto de Fairbanks, Alasca. Além dela, há um total de sete casos do vírus relatados, mas, até o mês passado, ninguém havia sido hospitalizado ou morrido da doença.
De acordo com o Departamento de Saúde do local, esse tipo de vírus é comum por infectar mamíferos pequenos, sobretudo roedores. Inclusive, ratos de cauda vermelha foram encontrados com o vírus, o que pode ter sido responsável pela infecção entre humanos. No entanto, esse tipo de infecção pode ter ocorrido em outros pacientes, ainda sem diagnóstico. Até o momento, não houve o registro de transmissão entre humanos.
Sintomas
A princípio, o alaskapox pode causar inchaço dos gânglios linfáticos e dor muscular ou articular, apontam autoridades de epidemiologia do Alasca. De acordo com a médica Julia Rogers, epidemiologista dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, os sintomas da infecção por ‘Alaskapox’ eram geralmente leves.
“Pode ter havido casos no passado que simplesmente não identificamos por causa disso”, disse a doutora Rogers. Segundo ela, é possível que os casos registrados possam aumentar à medida que mais médicos aprendam a identificá-lo.
Alaskapox: afinal, o que já se sabe sobre o vírus
Muito ainda não se sabe sobre o vírus, incluindo como ele se espalha dos animais para os humanos e há quanto tempo existe, por exemplo. De todo o modo, especialistas apontam que o Alaskapox é um vírus do “velho mundo”, normalmente encontrado na África, Ásia e Europa.
McLaughlin, epidemiologista estadual e chefe da Seção de Epidemiologia do Alasca, disse em entrevista à CNN que o “não há necessidade de que as pessoas de fora do Alasca se preocupem. Aqueles que vivem no Alasca devem estar cientes de que é uma infecção que podem adquirir”, completa.