Água no pulmão: riscos, causas e tratamento
O problema conhecido como água no pulmão pode ter duas origens diferentes. A primeira ocorre de forma mais branda na pneumonia, quando o processo inflamatório coleta um pouco de líquido em uma parte específica do pulmão. Além disso, outro caso é o edema pulmonar, um quadro grave que envolve problemas no coração.
Edema pulmonar
De acordo com o Dr. Carlos Jardim, pneumologista do Incor e do Hospital Sírio Libanês, no edema pulmonar ocorre acúmulo de líquido porque o coração não está funcionando plenamente. “É como se o pulmão ficasse encharcado com o sangue que não consegue ter vazão adequada pelo pulmão”, afirma o médico.
Como o sangue passa pelo pulmão o tempo inteiro, o coração precisa ter a “função de bomba” íntegra. Pois, caso contrário, o sangue pode represar e parte desse líquido é extravasado para o pulmão. “É como se o pulmão fosse uma esponja que ficasse muito úmida”, compara o especialista. Assim, o acúmulo de líquido pode chegar ao ponto de prejudicar a função do pulmão.
Causas da água no pulmão: o que pode provocar edema pulmonar?
Geralmente, o edema pulmonar é causado por uma falência do coração e, por isso, é um quadro potencialmente bastante grave, afirma o pneumologista. Mas, o problema no coração pode vir de um infarto, que o paciente muitas vezes nem sabe que ocorreu, de uma inflamação no músculo desse órgão, da doença de chagas e de diversas condições que podem prejudicar a função do coração.
Como identificar um edema pulmonar?
Os sintomas são, geralmente:
- Falta de ar;
- Tosse seca;
- Dificuldade para fazer esforço;
- Mal-estar;
- Cansaço intenso.
Água no pulmão tem cura?
A cura para água no pulmão é tratar a sua causa, afirma o Dr. Carlos Jardim – logo, há um tratamento específico a depender do que levou ao quadro. Mas, no caso de água no pulmão devido a pneumonia, a infecção no pulmão é que deve ser tratada.
Além disso, pode ser feita uma drenagem quando existe acúmulo de líquido em uma região específica do órgão. “É colocado um cateter no espaço onde o líquido está para ele ser expelido”, explica o médico. O esperado é que a drenagem seja feita, no máximo, em um período de uma semana a dez dias.
Nos casos em que o coração está fraco, o tratamento envolve ajudar esse órgão a funcionar melhor para que o líquido não se acumule mais.
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Fonte: Dr Carlos Jardim, pneumologista do Incor e do Hospital Sírio Libanês.