Adoçante zero: estudo mostra possíveis riscos do produto ao coração

Alimentação Bem-estar
28 de Fevereiro, 2023
Adoçante zero: estudo mostra possíveis riscos do produto ao coração

O adoçante é um produto presente na mesa de milhões de pessoas que buscam uma alternativa ao açúcar. Além disso, é muito utilizado na indústria alimentícia, pois é mais doce do que o açúcar e, dependendo da composição, pode ser levado ao fogo sem alterar suas propriedades. Apesar de sua funcionalidade, versões como o adoçante zero podem ser prejudiciais à saúde cardiovascular.

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Adoçante zero contém eritritol, um possível vilão da saúde

O eritritol, que integra a composição de adoçantes zero como a estévia, foi objeto de estudo da Cleveland Clinic Lerner Research Institute, que avaliou os impactos da substância na saúde.

De acordo com a pesquisa, altos níveis de eritritol no sangue elevam as chances de algumas enfermidades, como ataque cardíaco e derrame. O experimento foi feito com 4 mil pessoas dos Estados Unidos e da Europa que já tiveram algum tipo de problema cardíaco.

Como resultado, o eritritol tornou as plaquetas mais suscetíveis à formação de coágulos, que podem comprometer a circulação de sangue a longo prazo.

“As doenças cardiovasculares aumentam com o tempo, e são as principais causas de morte em todo o mundo. Precisamos garantir que os alimentos que ingerimos não sejam contribuintes ocultos desse tipo de desfecho”, comenta Stanley Hazen, autor da pesquisa e presidente do Departamento de Ciências Cardiovasculares e Metabólicas da Cleveland Clinic.

Por que o eritritol é tão atraente e potencialmente perigoso?

O eritritol é 70% mais doce do que o açúcar. Produzido por meio da fermentação do milho, apresenta textura semelhante a do açúcar, assim como a sensação na boca, sem gosto residual.

Por esse motivo, é um favorito da indústria e está em alimentos que sequer imaginamos — barrinhas de cereal, proteína, geleias, produtos fit, light, diet, entre outros.

No entanto, por ser um subproduto artificial, nosso corpo não possui as enzimas para quebrar as moléculas. Então, o eritritol não é metabolizado pelo organismo, mas entra na corrente sanguínea e sai do corpo principalmente pela urina.

O perigo do eritritol é que ele está em alimentos sem açúcar, normalmente consumidos por indivíduos em tratamento de obesidade e outras síndromes metabólicas. Contudo, essas pessoas são mais vulneráveis a doenças cardiovasculares, e acabam ingerindo uma substância que pode agravar o quadro.

Embora seja um ponto de atenção, o grupo de pesquisa entende a necessidade fazer mais estudos para mapear esses fatores de risco e com outros perfis de participantes.

“Nossos estudos mostram que quando voluntários saudáveis consumiram uma bebida adoçada com eritritol, ele permanece no sangue por dias. Além disso, em altas quantidades acima do observado para aumentar os riscos de coagulação. A questão é se é seguro para alguns de nós consumir tanto eritritol – e por um longo período de tempo”, finaliza Hazen.

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