Acroyoga: conheça a modalidade favorita da esposa de Messi

Antonela Roccuzzo, esposa do craque argentino Lionel Messi, sempre compartilhou sua rotina no perfil do Instagram. Com a vitória da Argentina e a Copa do Mundo atraindo atenção mundial, a companheira de Messi ganhou mais fãs — hoje, ela tem mais de 30 milhões de seguidores na rede social. Adepta de um estilo de vida saudável, Antonela revelou recentemente uma de suas modalidades favoritas, o acroyoga.

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O que é o acroyoga?

Embora seja pouco conhecido no Brasil, o acroyoga é uma modalidade interessante. Possui as bases do yoga e da acrobacia em duplas, como o próprio nome sugere. Wyly Tanaka, professora de yoga e da atividade, explica que o “acro”, como é carinhosamente chamado pelos praticantes, une o melhor de ambos.

Para entender o acroyoga, Wyly ressalta a importância de conhecer os aspectos do yoga e da acrobacia em duplas. “A acrobacia em dupla existe há muitas décadas. É mais um exercício físico que conferia entretenimento. Possui manobras complexas, às vezes mais arriscadas. A inserção do yoga suaviza, portanto, o risco da prática e agrega bases filosóficas da tradição milenar. Ou seja, o acroyoga é mais pautado no respeito, na troca, na conexão e nas limitações físicas de cada pessoa. Todos esses valores são intrínsecos do yoga”, ensina. 

Além disso, a professora comenta que o acro exige sensibilidade para entender a insegurança do seu par. “Para quem tem medos e bloqueios, tem o benefício de se entregar ao momento, percebe-se mais o corpo, a respiração… Tais virtudes são primordiais no acroyoga, pois você é responsável pela sua dupla. Afinal, qualquer distração pode desestabilizar os movimentos”, afirma. 

Estrutura da prática

Se você se interessou pela modalidade, vale dizer que as aulas e interações são em dupla ou entre mais pessoas. “O acroyoga tem três integrantes essenciais: a base, que é a pessoa que fica no solo deitada; o flyer, o participante que fica suspenso com o apoio da base; e o anjo, que acompanha o desenvolvimento da dupla para assegurar a integridade e o bem-estar dos envolvidos”, explica Wyly. 

Os movimentos vão de transições simples a gestos mais elaborados, envolvendo fluidez, confiança e experiência para avançar na prática. “Inclusive, dá para realizar o acroyoga com mais de uma pessoa na construção das posturas. As possibilidades são amplas, mas lembrando que é fundamental ter o anjo zelando pela segurança de todos”, acrescenta.

Benefícios do acroyoga

Experimentar uma aula que precisa do contato com outras pessoas pode parecer assustador para os mais introvertidos. Contudo, a interação exercita esta e outras inseguranças.

“Pessoas com síndrome do pânico, depressão e com dificuldades de se relacionar, por exemplo, conseguem se soltar mais com o tempo. Com o devido respeito aos limites individuais, podemos destacar o aumento da confiança em si próprio e nos outros, o zelo pelo próximo, assim como a dedicação ao momento presente”, pontua Wyly.

No aspecto físico, o acroyoga pode ser extremamente divertido e desafiador, pois trabalha a força dos braços, pernas e core, a estabilidade e o equilíbrio, tanto para quem é base como para quem é flyer. A vantagem é que você pode alternar as funções em dupla, o que proporciona o dinamismo entre ambos.

Para quem sofre com dores crônicas, como no quadro de fibromialgia, Wyly alega que o acroyoga pode ser terapêutico. “Muitas pessoas aliviam as crises ao praticar com frequência, desde que haja a liberação do médico responsável pelos cuidados do paciente”, destaca.

Contraindicações e recomendações

De acordo com Wyly, o acroyoga é uma atividade democrática. No entanto, assim como qualquer exercício físico, precisa de autorização de um profissional da saúde. “Quem tem algum tipo de comorbidade ou restrição física, como hérnia de disco, tendinite, problemas de coluna, entre outros, necessita do consentimento médico”, orienta.

Outro requisito é comunicar ao professor sobre qualquer enfermidade, seja física ou mental. “O aluno deve sinalizar todas as limitações ao professor, que também precisa ter qualificação para olhar para a pessoa com mais cuidado”, diz.

Com todos os pontos alinhados, é possível adaptar a prática e sugerir outros movimentos que não agridam ou intimidem o praticante. Por fim, qualquer pessoa pode experimentar a atividade — de crianças a adultos.

Fonte: Wyly Tanaka (@wyly.me), professora de yoga, acroyoga e acompanhante terapêutica.