Acromegalia: o que é, sintomas, causas e tratamentos
Talvez você não conheça o termo acromegalia, mas já deve ter ouvido falar em gigantismo. Pois a acromegalia é o nome correto que se dá a essa doença em adultos – em crianças, o termo gigantismo é o que melhor se aplica.
A diferença acontece porque, em crianças, há o aumento exagerado da estatura, enquanto que nos adultos, isso não acontece. A seguir, Vânia dos Santos Nunes Nogueira, diretora da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo) explica mais sobre essa doença.
O que é acromegalia?
Trata-se de uma doença crônica decorrente do excesso do hormônio de crescimento (chamado de GH). Ou seja, esse hormônio é responsável pelo crescimento físico e também pelo crescimento das células.
Assim, sua produção em excesso é, geralmente, causada por um adenoma (tumor benigno) localizado na glândula hipófise, que secreta grandes quantidades de GH.
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Sinais e sintomas
Os sinais que mais caracterizam a acromegalia são as alterações físicas, como:
- Proeminência frontal (quando a testa avança para frente, em relação ao rosto)
- Alargamento da base do nariz
- Aumento dos lábios
- Macroglossia (língua maior do que o normal)
- Separação dos dentes
- Prognatismo (crescimento excessivo da parte inferior da boca)
- Além disso, aumento dos arcos zigomáticos
- Aumento das extremidades do corpo, que pode ser percebido pela troca por um número maior do sapato e a aliança não caber mais no dedo.
Em crianças, também há uma estatura exagerada para a idade. No caso dos adultos, isso não acontece porque as cartilagens de crescimento já estão fechadas.
Mas, não são apenas os sinais físicos. Pois, devido aos níveis elevados do GH e de outros hormônios, os portadores de acromegalia podem apresentar outras complicações que, dependendo do tempo de evolução da doença, podem ser irreversíveis mesmo com o controle da acromegalia. Assim, algumas delas são:
- Artrite
- Artrose
- Parestesias (formigamento)
- Síndrome do Túnel do Carpo
- Diminuição do campo visual
- Hipertensão
- Diabetes
- Alteração da voz
- Apneia do sono
- Irregularidade menstrual
Tratamento da acromegalia
Por fim, o tratamento mais comum é a retirada do adenoma por meio de uma cirurgia conhecida como transesfenoidal. Pois, ela é mais eficiente quando os adenomas ainda são pequenos. Porém, quando a cirurgia sozinha não surte os resultados esperados, é preciso aliar o tratamento ao uso de medicamentos. Mas, em último caso, quando a cirurgia não é indicada e os medicamentos também não surtem o efeito desejado, há a possibilidade de realizar tratamento com radioterapia.
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