Aborto espontâneo: o que é, causas, sintomas e tratamentos
A cada ano, cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo – esse número representa 15% do total. Por ser um acontecimento tão comum e delicado na vida das mulheres, é preciso falar sobre o tema e informar as gestantes.
Aborto espontâneo é a perda involuntária de uma gravidez até a data de 20 semanas de gestação, que pode acontecer por diversas razões. Assim, a perda pode ser classificada em precoce, quando acontece antes de completar 12 semanas de gestação, e tardia, quando ocorre entre 12 e 20 semanas.
De acordo com o Dr. Antonio Julio Sales Barbosa, ginecologista e obstetra idealizador do Centro Paulista de Parto Natural, as principais causas do aborto espontâneo são:
- Anormalidades cromossômicas (corresponde a 50% a 70% dos casos);
- Disfunções hormonais;
- Anormalidades anatômicas dos órgãos reprodutores (útero, ovários e trompas);
- Infecções virais ou bacterianas;
- Uso de drogas.
Sintomas
O especialista afirma que os sintomas mais frequentes e clássicos são dores abdominais em geral, como as cólicas, e sangramento vaginal, que pode ser leve, moderado ou intenso. Assim, a gestante que sentir estes sinais deve procurar ajuda médica.
No caso dos abortos espontâneos precoces, no geral ocorre uma eliminação espontânea do feto e anexos que se encontravam em formação inicial. Mas, em algumas ocasiões, assim como acontece nos abortos tardios, haverá a necessidade de completar o esvaziamento uterino com duas alternativas de procedimentos cirúrgicos, sob anestesia: a curetagem uterina ou a AMIU (aspiração manual intra-uterina).
Tratamentos para aborto espontâneo
De acordo com o obstetra, cada caso precisa ser estudado para que a causa da perda seja identificada e corrigida. Dessa maneira, com ajuda médica, a mulher pode sim voltar a engravidar sem riscos após um aborto espontâneo.
“Inclusive, a maioria dos abortos espontâneos, principalmente os precoces, decorrem das anormalidades cromossômicas (50 a 70%) e esta alteração não se repetirá obrigatoriamente nas próximas gravidezes”, explica o médico.
Além disso, o ginecologista entende ainda que as gestantes que sofrem aborto espontâneo devem ser acolhidas “com extremo respeito, paciência e carinho”.
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Fonte: Dr. Antonio Julio Sales Barbosa, ginecologista e obstetra idealizador do Centro Paulista de Parto Natural