A importância de nutrir para proteger a criança

Gravidez e maternidade Saúde
11 de Novembro, 2022
A importância de nutrir para proteger a criança

Ao completar o primeiro ano de vida, o cardápio do bebê já pode ser similar ao dos pais, desde que a alimentação da família seja balanceada. Conforme aponta a nutricionista Sophie Deram, o prato do pequeno deve ser composto de alimentos frescos e caseiros, além de variados. “Eles devem ser preparados com pouca gordura e pouco sal, utilizando também temperos naturais, que dão sabor à comida”, orienta a especialista.

Para construir hábitos saudáveis, Ludmilla Pedrosa, endocrinologista pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), também orienta os pais a evitarem alimentos que tenham açúcar na composição, que sejam ricos em gorduras de má qualidade, sódio, conservantes e corantes. Assim, é importante evitar produtos como salgadinhos, biscoito recheado, macarrão instantâneo, achocolatados, refrigerantes e/ou sucos de caixinha.

Diante de uma alimentação balanceada, os benefícios para o público infantil são diversos. Por exemplo, o prato colorido fornece os nutrientes que o organismo da criança precisa para desenvolver suas funções – tanto físicas, motoras quanto psíquicas. A escolha cuidadosa de alimentos saudáveis também auxilia na prevenção de doenças crônicas futuras, como diabetes, obesidade e condições cardíacas.

“Além disso, uma alimentação balanceada em conjunto com um comportamento alimentar saudável proporciona à criança momentos de socialização e de interação, podendo contribuir para a prevenção de transtornos alimentares”, reforça Sophie.

Leia mais: Introdução alimentar precoce: entenda os riscos para o bebê

As consequências de uma alimentação desequilibrada

Caso contrário, como lembra Simone Dias, nutricionista materno-infantil da Vitat, o pequeno pode enfrentar carências nutricionais, como a de ferro. Segundo um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), uma a cada três crianças de até 7 anos sofre de anemia por deficiência de ferro no Brasil. “A ausência desse nutriente compromete o crescimento e o desenvolvimento motor e cognitivo infantil, favorece a ocorrência de processos infecciosos e leva a consequências tardias, inclusive no desenvolvimento escolar”, exemplifica a especialista.

Além disso, a alimentação infantil desequilibrada faz com que a criança fique mais suscetível a desenvolver doenças no futuro, como diabetes e obesidade.  

Então, o que pode ajudar nesse processo?

Com isso em mente, é importante que pais façam escolhas inteligentes para compor o cardápio do pequeno. Uma delas é priorizar alimentos que sejam prebióticos, ou seja, que não são digeridos pelo nosso organismo e acabam tornando-se substratos para as bactérias benéficas que habitam o intestino.

Adicioná-los na alimentação dos menores, principalmente até os 3 anos, leva a um fortalecimento da imunidade, diminuindo o risco de doenças infecciosas”, exemplifica Simone. A especialista lembra que bebês não nascem imunes aos protozoários, bactérias e fungos do meio em que vivem. Logo, é preciso submetê-los a dietas e práticas que fortaleçam a microbiota infantil e, consequentemente, eles consigam combater tais agentes no futuro.

A maioria dos prebióticos pode ser consumida pelos menores, uma vez que eles são vistos em alimentos do dia a dia, como frutas, legumes e verduras. Portanto, é possível encontrá-los em: banana, maçã, tomate, alho, cebola e nos grãos integrais, como aveia e trigo.

Fontes:

  • Simone Dias, nutricionista materno-infantil da Vitat;
  • Sophie Deram, nutricionista Dra. pela USP;
  • Dra. Ludmilla Pedrosa, endocrinologista pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Referência:

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