William Bonner passa por cirurgia para retirar hérnias inguinais. Entenda

Nessa semana, o jornalista William Bonner, apresentador do Jornal Nacional, utilizou as redes sociais para explicar o motivo da sua ausência de duas semanas no programa. Bonner contou que passou por uma cirurgia de laparoscopia no dia 10 de fevereiro para eliminar hérnias inguinais, condição que causa uma saliência na região afetada e fortes dores. 

O apresentador teve alta no dia seguinte após a cirurgia, já que o procedimento foi bem sucedido, mas optou por ficar em repouso até o carnaval. William tranquilizou os seguidores sobre o seu estado de saúde e já voltou à bancada do jornal nesta quarta-feira: “E tudo ocorreu dentro do previsto pra casos assim. Sem urgência nenhuma, sem correria. […] Estou muito bem, obrigado. Saúde pra todo mundo 🙌🏼”.

A condição de William Bonner é caracterizada inicialmente por uma protuberância indolor na virilha ou escroto. Porém, com o agravamento da doença, as dores começam a aparecer e motivam a cirurgia. Além do apresentador, Arthur Aguiar, vencedor do BBB 22, também teve hérnias inguinais e teve que cancelar turnês. Continue lendo e entenda a condição. 

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Hérnia inguinal de William Bonner

A hérnia inguinal, também conhecida como hérnia na virilha, ocorre quando os tecidos do interior do abdome saem do lugar, causando uma saliência. Isso acontece devido a uma fraqueza dos músculos abdominais que pode ser de nascença ou adquirida.

Como resultado, a condição causa fortes dores, especialmente em situações de esforço físico. Tosse crônica, constipação intestinal e dificuldade para urinar, por exemplo, são situações que aumentam a pressão dentro do abdômen e podem levar ao problema.

Fatores de risco

As hérnias inguinais representam cerca de 75% de todas as hérnias da parede abdominal. Os principais fatores de risco incluem:

• Idade: a doença é mais frequente nos extremos da vida, ou seja, em recém-nascidos ou idosos. Nos bebês, pode surgir devido a um defeito congênito e nos mais velhos por um enfraquecimento dos tecidos da parede abdominal;
• Homens: a hérnia inguinal é mais comum em pessoas do sexo masculino do que no feminino;
• Doenças associadas: é mais frequente em pessoas com doenças como constipação intestinal e tabagismo. Isso porque, geralmente, esses problemas aumentam a pressão dentro do abdômen e facilitam a ocorrência de hérnia.

Sintomas da hérnia inguinal de William Bonner

Inicialmente, a hérnia inguinal apresenta sintomas como protuberância indolor na virilha ou escroto. Essa protuberância pode aumentar de tamanho ao se levantar e diminuir quando se deita, devido ao fato de o intestino se mover para trás e para frente por efeito da gravidade.

Às vezes, uma parte do intestino fica presa no escroto (encarceramento), impedindo o fornecimento de sangue. Em poucas horas, pode-se verificar a morte do intestino estrangulado (gangrena). Portanto, caso apresente estes sintomas, o paciente deve procurar um médico de imediato, pois pode ser necessária uma cirurgia de urgência.

Diagnóstico e tratamento

Em geral, a hérnia é diagnosticada pelo médico através de um exame da região inguinal. Assim, com o paciente em pé, o médico avalia a virilha e solicita que a pessoa faça um esforço para tossir. Esse ato aumenta a pressão na cavidade abdominal. Portanto, se a pessoa apresentar uma hérnia inguinal, o ato de tossir fará com que ocorra a protrusão da hérnia, tornando fácil para o médico detectá-la. Além disso, em homens, o médico coloca um dedo em uma dobra na parte superior do escroto e empurra para cima em direção à cavidade abdominal para detectar uma hérnia. Em alguns casos, a ultrassonografia e a herniorrafia podem ser úteis.

Por fim, a única forma de tratamento contra a hérnia inguinal é uma cirurgia chamada de herniorrafia. É um procedimento considerado simples, desde que o paciente não apresente complicações. Existem duas maneiras de realizar a operação: por incisão ou videocirurgia, ou seja, laparoscopia. O cirurgião irá ajudar a escolher a melhor alternativa, considerando a idade do indivíduo, doenças associadas, entre outros fatores.

Referências: Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e Manual MSD.