Vírus sincicial respiratório (VSR): o que é, sintomas e tratamento
O vírus sincicial respiratório (VSR) trata-se de um microorganismo que é responsável por causar infecção das vias respiratórias. Desse modo, a transmissão é feita pelo contato direto com a secreção ou por gotículas.
De acordo com um estudo realizado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, o estado apresentou um crescimento nos casos da doença. Dessa forma, ele é um vírus responsável por causar síndromes gripais em pacientes.
Sendo assim, para o diretor técnico da FVS, Daniel Barros, o momento exige bastante atenção. “A transmissão e a ocorrência desse vírus vão aumentar. Daí a necessidade de que os cuidados sejam redobrados sobre a importância da higienização das mãos e evitar ambientes fechados e aglomerados”, explica.
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Pode afetar não só crianças, mas também adultos. Porém, é fundamental deixar claro que os bebês que apresentam os seguintes quadros têm mais chances de adquirir essa infecção.
- Bebês com menos de seis meses;
- Prematuros;
- Pacientes com doença pulmonar crônica;
- Pacientes com doenças cardíacas congênitas.
Geralmente, o vírus é eliminado após seis dias. O tratamento é feito com base na aplicação de soro fisiológico nas narinas e medicamentos para diminuir a febre.
No entanto, caso a criança ou bebê, tenha sintomas como dedos e boca arroxeados, além de costelas salientes ao respirar e afundamento na região inferior da garganta ao respirar. Por isso, é fundamental buscar ajuda profissional o quanto antes.
Como é a transmissão do Vírus Sincicial Respiratório?
A Sociedade Brasileira de Pediatria explica que a transmissão do vírus ocorre através do contato direto com secreções respiratórias de pacientes infectados ou por meio de objetos contaminados. Assim, o vírus invade o organismo por meio das mucosas dos olhos, bocas ou nariz.
Quais são os principais sintomas da Vírus sincicial respiratório (VSR)?
De acordo com Nathalia Tenório, Otorrinolaringologista do Hospital Albert Sabin de São Paulo, o Vírus sincicial respiratório (VSR) pode apresentar os seguintes sintomas.
- Coriza;
- Congestão nasal;
- Tosse;
- Febre.
A médica destaca que a otite média aguda pode ocorrer em um terço das crianças com infecção por VSR. Além disso, os pequenos podem ser diagnosticados com laringite, bronquiolite e pneumonia (as duas últimas mais comuns na criança).
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Tratamento
A Otorrinolaringologista explica que não existem medicamentos específicos para combater o VSR.
“O tratamento envolve medicações para controle da febre, dor, mal estar, lavagem nasal com soro fisiológico e hidratação. Contudo, em casos mais graves, com necessidade de internação hospitalar, pode ser necessário suplementação com oxigenioterapia e fisioterapia respiratória.”, detalha.
Como prevenir do Vírus sincicial respiratório (VSR)?
“Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de tocar no bebê; evitar levar as crianças em locais com aglomeração; evitar o contato com crianças e adultos que estejam gripados ou resfriados; estimular o aleitamento materno até os seis meses de idade (o leite materno possui anticorpos que podem proteger o bebê contra as doenças infecciosas).”, enumera a otorrinolaringologista.
Existe imunização contra o VSR?
Não. Porém, o lado positivo é que há uma imunização passiva contra o vírus, que é denominado de palivizumabe. Dessa maneira, a droga é indicada para bebês que têm mais chances de ter sintomas graves.
Para garantir a proteção completa, o bebê deve tomar cinco doses. O intervalo indicado é de 30 dias, principalmente em meses que o vírus circula com mais intensidade no país.
Por fim, a imunização não tem custos e pode ser encontrada em todo o território nacional, seja para aquelas pessoas que têm planos de saúde ou no próprio SUS. Para isso, os pequenos devem apresentar os seguintes critérios.
- Prematuros: idade gestacional menor do que 29 semanas, menores de um ano de idade;
- Coração: Prematuros com idade gestacional menor do que 29 semanas, menores de 1 ano de idade;
- Pulmão: crianças diagnosticadas com doença pulmonar crônica da prematuridade. A idade gestacional não é levada em consideração até o segundo ano de vida.
Fontes: Daniel Barros, diretor técnico da FVS; Nathalia Tenório, Otorrinolaringologista do Hospital Albert Sabin de São Paulo.