Vírus Oz: Japão confirma primeiro caso fatal no mundo
O Japão confirmou a morte de uma pessoa pelo vírus Oz. É o primeiro caso no país e também no mundo. Trata-se de uma mulher de 70 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do país, a idosa morreu em 2022, na cidade de Ibaraki, em Tóquio.
Segundo as autoridades de saúde, a mulher teve miocardite, uma inflamação dos músculos do coração. Ela foi ao hospital apresentando febre e fadiga logo depois de ser picada por um carrapato na perna. Por isso, o governo acredita que os carrapatos são os portadores do vírus.
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Primeira vítima fatal: detalhes sobre o caso
A vítima do vírus Oz tinha comorbidades, incluindo hipertensão e altos níveis de gordura no sangue. Sem histórico de viagens ao exterior, a paciente recebeu um tratamento com antibióticos, já que os médicos suspeitaram, a princípio, de pneumonia. Em seguida, ela recebeu alta.
No entanto, a idosa voltou a ser internada em um hospital, já que seus exames de sangue indicaram diminuição de plaquetas, distúrbios no fígado e nos rins e reação inflamatória intensa. Os médicos suspeitaram de infecção transmitida por artrópodes devido à observação de picadas de carrapatos no momento da admissão.
Após o diagnóstico de miocardite, ela apresentou quadro súbito de fibrilação ventricular, que é um ritmo cardíaco anormal, e não resistiu.
O que já se sabe sobre o vírus Oz?
O vírus Oz é um novo vírus do gênero Togotovírus, da família Orthomyxoviridae. De acordo com o Ministério da Saúde japonês, após isolamento, eles identificaram o vírus em carrapatos da espécie Amblyomma testudinarium no país em 2018.
Após a realização de pesquisas de anticorpos no soro de animais no Japão, eles detectaram anticorpos em algumas espécies animais. Por exemplo, macacos japoneses, javalis e veados. Porém, ainda não há relatos de casos em animais até o momento.
Além disso, até o momento, não há um tratamento específico para o vírus no Japão. Após a confirmação da causa da morte, o Ministério da Saúde japonês orientou às pessoas que evitem o contato com carrapatos utilizando roupas longas e repelentes, principalmente ao circular em locais com vegetação mais densa, como florestas.