Varizes pélvicas: O que são, como aparecem e o tratamento
Você pode nunca ter ouvido falar, mas é possível aparecerem varizes na região da bacia. São veias dilatadas e tortuosas que ocorrem no interior do abdômen, especificamente na região pélvica. As varizes pélvicas podem surgir em toda região do chamado baixo ventre: bexiga, útero, ovário inclusive no intestino grosso e no reto.
O nome varizes pélvicas diz respeito a algo que acomete as mulheres. Mas, homens podem ter algo semelhante, a varicocele, no escroto, e que podem causar esterilidade.
Varizes pélvicas: tem como perceber?
Sim, um dos primeiros sinais pode ser a dor durante o sexo, que pode continuar durante um tempo depois. Além disso, é importante observar uma sensação de peso na barriga, na parte mais baixa, com duração de três meses ou mais, o que é considerado uma dor crônica. Assim, esse incômodo pode ser mais percebido ao andar, sentar, levantar algum peso.
Como o médico, no consultório, pode desconfiar?
Durante o exame ginecológico de rotina, por exemplo, quando o profissional palpa a região ou quando há dor ao tocar o colo do útero, são sinais. Além disso, a presença das varizes na vulva ou coxas também levam à suspeita quando associadas à dor.
Qual exame de laboratório pode ser feito para confirmar?
As varizes aparecem nas ultrassonografias pélvica e transvaginal, além desses exames há outros que podem ajudar a fechar o diagnóstico. Tanto a tomografia computadorizada como a como a ressonância nuclear conseguem conseguem mostrar se há compressão ou obstrução ou somente a dilatação das veias da região.
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Como é feito o tratamento para varizes pélvicas
Ele é feito hoje em dia através de uma cirurgia endovascular venosa, o cateterismo, feito com desobstrução das veias. A pessoa fica no hospital durante um dia e a recuperação é considerada rápida.
Fontes: Aline Lamaita, médica cirurgiã vascular e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), de São Paulo, e Eduardo Toledo de Aguiar, cirurgião vascular e angiologista, presidente da Associação Brasileira de Flebologia e Linfologia (ABFL), de São Paulo.