Vacina hexavalente acelular: quais são as indicações?
Bebês a partir de dois meses podem se proteger contra difteria, tétano, coqueluche, meningite, paralisia infantil (poliomelite) e hepatite B por meio da vacina hexavalente acelular. Como você viu, o nome não é por acaso, já que ela atua no combate de seis doenças. A particularidade é que ela é encontrada apenas na rede particular, como uma alternativa à vacina pentavalente celular disponível no SUS.
Ambos os imunizantes são inativados, ou seja, não contêm componentes capazes de se reproduzir no organismo do vacinado. A diferença, porém, está em uma particularidade da fabricação: enquanto a opção acelular leva fragmentos dos agentes causadores das doenças que protege, a vacina celular é constituída por células inteiras desses microrganismos.
Na prática, por esse motivo, os imunizantes acelulares são mais purificados, pois contêm somente o necessário para oferecer proteção. Resultado: as chances de reações adversas são menores. Mas casos de vermelhidão, inchaço e calor no local da aplicação também podem ocorrer em quem recebe a vacina hexavalente acelular.
Quando tomar a vacina hexavalente acelular?
É recomendada em duas ou três doses, a partir dos dois meses de idade (assim, o bebê pode ser vacinado, por exemplo, aos dois, quatro e seis meses). Depois são necessários dois reforços, um entre os 12 e 18 meses e outro entre os quatro e seis anos. É aplicada por via intramuscular profunda.
Para crianças com mais de sete anos que eventualmente não receberam o imunizante, a proteção passa a ser feita com o dTpa-IPV, outro tipo de vacina que também atua contra as doenças combatidas pela hexa, com exceção do Haemophilus influenzae B (bactéria causadora da meningite e outras infecções). Mas não precisa se preocupar com essa ausência: a partir dos sete anos, a proteção contra esse microrganismo é considerada desnecessária.
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Opção aos imunossuprimidos
Por ser inativada, é possível aplicar a vacina hexavalente acelular em pacientes imunossuprimidos. Mais especificamente, ela é feita a partir de proteínas dos agentes causadores da difteria e do tétano, de fragmentos da bactéria que causa a coqueluche, além de uma proteína de superfície do vírus da hepatite B, do fragmento da cápsula do Haemophilus influenzae B e os três tipos de vírus da poliomielite, todos inativados.
Para completar, contém adjuvantes (compostos químicos) que aumentam sua imunogenicidade. Ou seja, a capacidade de provocar uma resposta imune no organismo, o principal objetivo das vacinas.
A contraindicação da vacina hexavalente acelular acontece somente se ocorrer algum evento adverso importante com uma das doses.
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Fonte: José Geraldo Leite Ribeiro (CRM-MG 13231), pediatra e epidemiologista e assessor científico do Grupo Pardini