Nova vacina contra tumores cerebrais é testada nos EUA e conta com resultados promissores
A saga das vacinas contra o câncer ganha um novo reforço. Não é de hoje que os cientistas se esforçam para criar uma vacina contra o câncer, e com isso, já podemos ver resultados animadores e previsões de quando o imunizante estará disponível. Agora, pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos, conseguiram desenvolver uma vacina capaz de eliminar os tumores cerebrais existentes e atuar na prevenção da doença. Já testado em camundongos para tratar câncer cerebral, espera-se que o imunizante também tenha efeito em outros tumores. Continue lendo e entenda!
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Vacina contra tumores cerebrais
A princípio, a vacina com dupla ação foi testada em camundongos com glioblastoma, que é o tipo de tumor que atinge o sistema nervoso central e se desenvolve na medula espinhal ou no cérebro com crescimento invasivo. Além disso, esses camundongos também sofreram modificações para terem organismos parecidos com o de humanos, aproximando ainda mais os resultados de um cenário possível.
Agora, a novidade que os pesquisadores de Brigham trazem nessa abordagem é o tipo de células tumorais utilizadas para criar a vacina. Até o momento, a maioria das vacinas que estão sendo desenvolvidas contra o câncer utilizam células tumorais inativadas para fortalecer o sistema imunológico. Porém, no novo estudo publicado na revista científica Science Translational Medicine, os pesquisadores utilizaram partículas virais ativas e transformá-las em agentes anticancerígenos.
Resultados promissores
Os resultados da pesquisa mostraram, então, que as células tumorais vivas têm a capacidade de se alojar em outras células tumorais do cérebro. Com isso, os agentes anticancerígenos podem atuar diretamente no alvo, o que faz da pesquisa algo muito promissor, pois o processo pode atuar na prevenção de novos tumores.
No entanto, outro detalhe importante é que os cientistas criaram células tumorais de fácil identificação pelo sistema imunológico. Dessa forma, é possível que o organismo crie uma resposta antitumoral duradoura.
Agora, os especialistas vão conduzir novos testes de segurança para seguir com o teste em humanos. Por fim, a abordagem também pode ter efeito para outros tumores sólidos como próstata, mama, colo de útero, pulmão, intestino, estômago, pele e outros.
Referências: Revista científica Science Translational Medicine.