Vacina contra o câncer de mama poderá ser viável em um futuro próximo
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é um dos que mais afeta as mulheres no mundo todo. No Brasil, só em 2021 foram mais de 66 mil casos. Além disso, a doença nas mamas é a que mais ceifa a vida das mulheres no país, com maior incidência de mortalidade nas regiões sul e sudeste. Contudo, essa realidade pode estar prestes a mudar: a primeira vacina contra o câncer de mama já está em testes clínicos e mostrou resultados promissores.
Desenvolvida por cientistas da Universidade de Washington, dos Estados Unidos, a solução pode tratar diversos tipos de câncer de mama. Embora ainda seja cedo para comemorar, a primeira fase dos testes apontou dois requisitos importantes em uma vacina: segurança e eficácia.
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Como foi o primeiro teste da vacina contra o câncer de mama?
Ao todo, 66 mulheres participaram do primeiro ensaio. Como critério, todas tiveram câncer metastático e foram divididas em três grupos diferentes. Todas receberam três doses com intervalos de um mês, mas cada grupo teve uma posologia distinta: o primeiro, 10 mcg do componente vacinal; o segundo, 100 mcg; e o terceiro, 500 mcg.
Como resultado, as pacientes apresentaram dois quadros: remissão completa do câncer ou crescimento mais lento dos tumores. Os grupos que tiveram melhor resposta imunológica foram os de 100 mcg e 500 mcg.
Outro ponto verificado na primeira fase foram os efeitos colaterais. Os autores observaram que as mulheres tiveram sintomas leves: dor local, febre baixa e indisposição após as doses, que desapareceram espontaneamente em alguns dias.
Com os efeitos positivos no teste de baixa amostragem, o próximo passo é o ensaio com mais pessoas — o qual a ciência chama de teste randomizado.
Sinais do câncer de mama
Enquanto não temos uma vacina contra o câncer de mama que traga mais chances de sucesso no tratamento e na prevenção, é importante ter conhecimento sobre a condição.
O câncer de mama é mais comum em mulheres com mais de 50 anos, mas pode acometer pessoas mais jovens. Segundo o INCA, a mulher deve ficar atenta a:
- Caroço em uma ou em ambas as mamas, que costuma ser duro, fixo e indolor.
- Alterações na pele da mama, que pode ficar avermelhada e com aspecto de casca de laranja.
- Mudanças no mamilo, que pode excretar líquido transparente, esbranquiçado ou com sangue.
- Presença de nódulos no pescoço ou debaixo dos braços, nas axilas.
Além da idade, outros fatores de risco colaboram para o desenvolvimento da enfermidade. Por exemplo:
- Histórico da doença na família.
- Excesso de peso, consumo de álcool e sedentarismo.
- Exposição frequente a radiações ionizantes em exames como raio-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.
- Menstruação precoce, antes dos 12 anos.
- Gravidez depois dos 30 anos ou nunca ter tido filhos.
- Menopausa depois dos 55 anos.
Como prevenir?
Infelizmente ainda não há como evitar a doença. Em contrapartida, o diagnóstico nos estágios iniciais oferece 95% de êxito no tratamento.
Portanto, faça visitas semestrais e anuais no ginecologista e mastologista. Dessa forma, os exames periódicos facilitam a identificação do câncer de mama e de outras doenças igualmente graves.
Por fim, mas não menos importante: faça o autoexame com frequência. Apalpar as mamas e axilas ajuda a detectar nódulos e quaisquer anormalidades para investigação médica.