Vacina contra o câncer de mama poderá ser viável em um futuro próximo

Saúde
11 de Novembro, 2022
Vacina contra o câncer de mama poderá ser viável em um futuro próximo

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é um dos que mais afeta as mulheres no mundo todo. No Brasil, só em 2021 foram mais de 66 mil casos. Além disso, a doença nas mamas é a que mais ceifa a vida das mulheres no país, com maior incidência de mortalidade nas regiões sul e sudeste. Contudo, essa realidade pode estar prestes a mudar: a primeira vacina contra o câncer de mama já está em testes clínicos e mostrou resultados promissores.

Desenvolvida por cientistas da Universidade de Washington, dos Estados Unidos, a solução pode tratar diversos tipos de câncer de mama. Embora ainda seja cedo para comemorar, a primeira fase dos testes apontou dois requisitos importantes em uma vacina: segurança e eficácia.

Veja também: Afinal, quando começa a prevenção do câncer de próstata?

Como foi o primeiro teste da vacina contra o câncer de mama?

Ao todo, 66 mulheres participaram do primeiro ensaio. Como critério, todas tiveram câncer metastático e foram divididas em três grupos diferentes. Todas receberam três doses com intervalos de um mês, mas cada grupo teve uma posologia distinta: o primeiro, 10 mcg do componente vacinal; o segundo, 100 mcg; e o terceiro, 500 mcg.

Como resultado, as pacientes apresentaram dois quadros: remissão completa do câncer ou crescimento mais lento dos tumores. Os grupos que tiveram melhor resposta imunológica foram os de 100 mcg e 500 mcg.

Outro ponto verificado na primeira fase foram os efeitos colaterais. Os autores observaram que as mulheres tiveram sintomas leves: dor local, febre baixa e indisposição após as doses, que desapareceram espontaneamente em alguns dias.

Com os efeitos positivos no teste de baixa amostragem, o próximo passo é o ensaio com mais pessoas — o qual a ciência chama de teste randomizado.

Sinais do câncer de mama

Enquanto não temos uma vacina contra o câncer de mama que traga mais chances de sucesso no tratamento e na prevenção, é importante ter conhecimento sobre a condição.

O câncer de mama é mais comum em mulheres com mais de 50 anos, mas pode acometer pessoas mais jovens. Segundo o INCA, a mulher deve ficar atenta a:

  • Caroço em uma ou em ambas as mamas, que costuma ser duro, fixo e indolor.
  • Alterações na pele da mama, que pode ficar avermelhada e com aspecto de casca de laranja.
  • Mudanças no mamilo, que pode excretar líquido transparente, esbranquiçado ou com sangue.
  • Presença de nódulos no pescoço ou debaixo dos braços, nas axilas.

Além da idade, outros fatores de risco colaboram para o desenvolvimento da enfermidade. Por exemplo:

  • Histórico da doença na família.
  • Excesso de peso, consumo de álcool e sedentarismo.
  • Exposição frequente a radiações ionizantes em exames como raio-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.
  • Menstruação precoce, antes dos 12 anos.
  • Gravidez depois dos 30 anos ou nunca ter tido filhos.
  • Menopausa depois dos 55 anos.

Como prevenir?

Infelizmente ainda não há como evitar a doença. Em contrapartida, o diagnóstico nos estágios iniciais oferece 95% de êxito no tratamento.

Portanto, faça visitas semestrais e anuais no ginecologista e mastologista. Dessa forma, os exames periódicos facilitam a identificação do câncer de mama e de outras doenças igualmente graves.

Por fim, mas não menos importante: faça o autoexame com frequência. Apalpar as mamas e axilas ajuda a detectar nódulos e quaisquer anormalidades para investigação médica.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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