A almofada de amamentação é, como diz o nome, uma almofada que faz parte do enxoval do bebê. Em formato de U, ela é “encaixada” no corpo da mãe para facilitar a mamada. Assim, apoia-se o bebê, o que permite à mãe ficar com as mãos livres, tornando todo o processo mais confortável. No entanto, o uso mais adequado dessa almofada é polêmico. Por isso, recentemente, a comissão americana de segurança de produtos ao consumidor, a CPSC (Consumer Product Safety Commission) iniciou um estudo para entender por que havia mortes de bebês associadas ao uso de almofadas de amamentação.
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Infelizmente, sim. Essas fatalidades ocorrem por mau uso do acessório, na tentativa de adaptar sua utilidade primária – de dar apoio a quem amamenta – para improvisar suporte ao bebê no momento após a mamada, quando ele precisa arrotar, por exemplo.
Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra e consultora internacional de lactação, explica: “A almofada de amamentação tem o objetivo de dar suporte a quem amamenta, servir de apoio para braços e principalmente cotovelos, fazendo com que a postura fique adequada, e que os músculos não se contraiam ao dar apoio ou segurar o peso do bebê”. De acordo com a especialista, há uma série de equívocos na hora de utilizá-la.
Ela conta que, “por ter o formato de C, não é incomum que as pessoas apoiem o bebê após a mamada na própria almofada. Elas fazem isso para que ele permaneça elevado, com o intuito de fazer uma inclinação que favoreça o arroto, ou que evite refluxo ou engasgo do bebê. Isso é totalmente inadequado, pois a posição pode causar fechamento das vias aéreas e dificultar ou inviabilizar a respiração”, alerta Cinthia.
Fonte: Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra graduada pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp.