Ultrassom dermatológico: você sabe o que é?
O ultrassom é um exame amplamente conhecido e que auxilia na análise de uma série de órgãos do corpo. Por isso, parece quase difícil imaginar que ele também tenha uso nos cuidados com a pele, certo? Não exatamente! É para isso que serve o ultrassom dermatológico.
Segundo a Dra. Maria Paula Del Nero, dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, esse exame passou a ser um aliado da área recentemente – de 10 anos para cá. “Pois, o ultrassom pode ajudar no diagnóstico, na avaliação e no tratamento”, explica ela. “É possível, por exemplo, diferenciar a composição da lesão – se é cística, como um cisto sebáceo, se é formada por gordura como um lipoma, ou se é sólida ou ainda vascular – e a exata localização da anomalia de acordo com as camadas da pele.”
Se dependêssemos apenas de uma análise clínica, isto é, aquela feita em consultório, essas lesões poderiam ser erroneamente confundidas e mal interpretadas. Por isso, o ultrassom dermatológico é sempre solicitado quando há uma dúvida sobre o tipo de lesão ou para avaliação do seu tamanho, profundidade ou localização.
“Além disso, funciona para diagnosticar tipos de preenchimentos e para auxiliar nos tratamentos de oclusão vascular”, continua ela. “Até como auxiliar em preenchimentos de áreas mais vascularizadas.”
Assim, pensando diretamente em cuidados com a pele, por exemplo, esses exames são essenciais na análise de lesões, evitação a exérese, isto é, a remoção completa, de lesões benignas, como uma pinta ou marca na pele que levantou a suspeita de um câncer. Mas, na verdade, não apresenta nenhuma ameaça.
O que o ultrassom dermatológico pode detectar?
- Lesões benignas e malignas (avaliando tamanho, profundidade e vascularização);
- Lesões da epiderme e derme (abscessos e infecções cutâneas);
- Além disso, avaliação diferencial de lesões não dermatológicas;
- Diferenciação de preenchimentos cutâneos;
- Da mesma forma, diagnóstico precoce de câncer de pele;
- Lesões em unhas das mãos e pés;
- Avaliações pré-operatórias;
- Tumores na pele.
- Entre outras
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Por fim, o exame é indolor e não invasivo, não utilizando radiação.
Dra. Maria Paula Del Nero, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia