Os tumores podem se desenvolver em várias partes do corpo humano. Alguns dos locais mais comuns incluem pele, pulmão, mama e próstata. No entanto, uma área menos comum é a região dos olhos, como o tumor palpebral. Entenda agora quais são as causas, sintomas, tratamentos e se é possível prevenir esse tipo de condição.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular, os tumores das pálpebras são um grupo de lesões que acometem a região dos olhos. Eles podem ser benignos ou malignos e incluem tumores de células basais (CBC), tumores de células escamosas (CEC) e melanoma.
O carcinoma basocelular é o tipo mais comum de câncer de pele. Com frequência, ele atinge as bordas da pálpebra, no canto interno dos olhos. Esse tipo é responsável por aproximadamente 80 – 90% das lesões malignas das pálpebras. Além dele, a região também ser atingida pelo carcinoma espinocelular, isto é, um câncer de glândulas de gordura na pálpebra, assim como o melanoma.
Assim como a maioria dos tumores, as causas são multifatoriais. De todo modo, a mais comum relacionada ao aparecimento dos tumores das pálpebras é a exposição aos raios ultravioleta (UV) do sol, especialmente em indivíduos com pele clara e histórico de queimaduras solares. Além disso, o envelhecimento também é um fator de risco para o desenvolvimento de tumores das pálpebras.
Os sinais e sintomas de um tumor da pálpebra variam, podendo apresentar sintomas leves como o aparecimento de uma pequena lesão com inchaço palpebral e vermelhidão. Ou, ainda, lesões mais evoluídas com dor, dificuldade para abrir o olho e mudanças na textura ou cor da pele da pálpebra. Alguns tumores das pálpebras também podem causar sangramento e secreção.
O diagnóstico de um tumor palpebral geralmente é feito através de um exame físico da região afetada. O exame pode incluir a coleta de amostras de tecido. Além disso, podem ser necessários exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) em casos de suspeita de infiltração profunda.
De forma geral, o tratamento padrão ouro de cura para o tumor palpebral é a remoção cirúrgica. Em casos avançados ou quando não é possível removê-lo por completo, é possível realizar tratamentos que incluem radioterapia e quimioterapia.
Nesse sentido, um tipo de operação comumente utilizada é a cirurgia de Mohs. Trata-se de uma técnica cirúrgica proposta por Frederic E. Mohs, em 1940. É uma técnica precisa que permite a remoção completa do tumor, enquanto preserva tanto quanto possível tecido saudável, evitando remover tecido a mais do que precisa.
A princípio, o prognóstico para os pacientes com tumores das pálpebras varia dependendo do tipo e do estágio do tumor. Em geral, os tumores removidos precocemente têm um prognóstico excelente, com taxas de cura muito altas, diferente de tumores avançados onde a remoção por completo fica comprometida.
Após o tratamento, é importante realizar exames de acompanhamento regularmente para monitorar a saúde ocular e detectar qualquer recidiva ou metástase do tumor. De acordo com as diretrizes da National Comprehensive Cancer Network, são necessários exames de acompanhamento regular com base no tipo histológico do tumor e no estágio do tratamento. Além disso, é importante continuar seguindo as medidas de prevenção para evitar novos tumores.
Por fim, a prevenção dos tumores das pálpebras inclui evitar a exposição excessiva ao sol, usar protetor solar na área palpebral, além de óculos de sol com proteção UV.
Referência: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular, Manual MSD.