Tumor de Wilms (nefroblastoma): o que é, sintomas, tratamento e mais

Saúde
19 de Outubro, 2022
Tumor de Wilms (nefroblastoma): o que é, sintomas, tratamento e mais

O tumor de Wilms, também chamado nefroblastoma, é um câncer maligno mais comum durante a infância. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de tumor tem mais chances de se desenvolver em pacientes com alguma síndrome genética ou deformidade congênita.

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O que é o tumor de Wilms?

É uma doença que atinge um ou ambos os rins. A maioria dos pacientes são crianças do sexo feminino entre 2 e 5 anos, mas costuma ser rara e com bom prognóstico — 95% de probabilidade de cura.

Causas

Em geral, crianças com o tumor de Wilms também possuem determinadas doenças genéticas. Por exemplo, as síndromes de Beckwith-Wierdemann, de Li-Fraumeni, de Denys-Drash, de Sotos, de Perlman e WAGR. Malformações, tais como hemi-hipertrofia, criptorquidismo, hipospádia e uma anomalia no cromossomo 18 (trissomia) também são fatores de risco para a enfermidade.

A condição começa ainda na gestação, na fase de formação dos rins. Após o nascimento, o tumor pode demorar, em média, 3 anos para crescer e os sinais de sua presença se tornam mais evidentes.

Sintomas

No início, o tumor é silencioso. Ao crescer muito, o abdômen fica inchado e a criança enfrenta dificuldades para evacuar. Afinal, a massa ocupa um espaço que pode comprimir uma parte do intestino. Outros sintomas que servem de alerta para os pais e responsáveis:

  • Dor de estômago e náuseas.
  • Perda de peso e apetite.
  • Dificuldades para respirar.
  • Episódios frequentes de febre sem uma causa aparente.
  • Sangue na urina.
  • Hipertensão.

Diagnóstico do tumor do Wilms

A princípio, o médico avalia o estado de saúde da criança, os sintomas e demais aspectos que indicam a doença (por exemplo, se o nódulo é visível e palpável). Em conjunto, solicita exames laboratoriais e de imagem: urina, sangue, ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética são os principais. A investigação pode se estender para outros órgãos, como rins e pulmões, a fim de checar se o câncer se espalhou ou não.

Tratamento

Exige a retirada imediata do tumor para evitar a disseminação ou progressão das células malignas. No entanto, dependendo da extensão do tumor, pode ser necessária a remoção parcial ou total do rim acometido por meio da nefrectomia.

A decisão é pautada não apenas no tamanho da massa, mas se ela afetou os dois rins, outros órgãos e os gânglios linfáticos. Além disso, a quimioterapia integra o tratamento do câncer. Já a radioterapia é indicada em casos mais críticos da doença.

Apesar da complexidade dos cuidados, o sucesso do tratamento costuma ser de 95%, sobretudo se houver o diagnóstico precoce. Todavia, por ser uma condição discreta nos primeiros anos, é mais difícil descobrir o problema no início. Portanto, é importante observar o comportamento da criança, principalmente quando ela ainda não é capaz de expressar suas queixas.

Quais médicos procurar?

Existe uma área da pediatria chamada nefropediatria, que é especialista em cuidar da saúde infantil, mas com olhar mais voltado para doenças renais. Conforme o diagnóstico, será necessário o envolvimento de um oncologista para guiar o tratamento. Por fim, você também pode procurar auxílio do pediatra, que irá direcionar para outros profissionais para cuidar do pequeno.

Referências: Hospital A.C. Camargo; INCA; GRAACC; e MSD Manuals.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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