Troponina: o que é, para que serve o exame e resultados
A troponina é um importante componente do nosso organismo. Ela é um tipo de proteína presente na célula muscular, capaz de controlar a contração da nossa musculatura.
Existem três tipos de troponinas: a troponina C, a troponina T e a troponina I. As duas últimas são extremamente importantes, já que estão relacionadas com a contratilidade do músculo cardíaco, isto é, determinam o correto funcionamento do coração.
“O exame de troponina serve para confirmar ou descartar o infarto agudo do miocárdio”, explica Roberto Yano, médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial. “Quando ocorre um infarto desse tipo, a troponina é liberada no sangue devido à injúria miocárdica provocada pela obstrução da coronária envolvida.”
E não é só isso: como a liberação dessa enzima acontece sempre que há algum tipo de lesão miocárdica, ela também pode indicar outras condições de saúde correlacionadas, por exemplo o tromboembolismo pulmonar (TEP), a insuficiência cardíaca grave, a doença renal crônica, entre outras.
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Como é feito o exame da troponina?
Geralmente, o exame da troponina é solicitado na emergência quando há suspeita de infarto, e, assim, acontece a partir da coleta de sangue do paciente. “O médico solicita uma amostra quando o paciente chega à emergência, e depois pode haver a solicitação de outras amostras, a depender de cada caso”, explica o médico.
Via de regra, a indicação desse exame acontece nos casos de pacientes com dor torácica, levantando a suspeita de uma origem cardíaca. Além disso, caso o paciente chegue ao pronto-socorro com queixas de dor no peito, falta de ar e náusea, também pode ser preciso realizar o exame para auxiliar no diagnóstico de infarto.
Em pessoas saudáveis, o exame de troponina é negativo ou não reagente, porque a quantidade de exames no sangue é baixíssima. Se, em até 18 horas após a queixa de dor, o exame for negativo, é sinal de que a dor no coração não tem relação com uma lesão no órgão. Entretanto, pode ter outra causa, como problemas digestivos.
No entanto, se for positivo, o valor da alteração pode ser indicativo de infarto (se muito maior que 0,04 ng/mL, no caso da troponina I, e que 0,01 ng/mL para a troponina T) ou de:
- Pressão arterial elevada nos pulmões;
- Tromboembolia pulmonar;
- Insuficiência cardíaca congestiva;
- Inflamação da musculatura cardíaca;
- Traumas (como aqueles causados por um acidente de trânsito);
- Por fim, doença renal crônica.
Fonte: Roberto Yano, médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial