Timoma (câncer de timo): o que é, causas, sintomas, tratamento e mais
O timoma, popularmente conhecido como câncer de timo, costuma ser raro, mas requer acompanhamento e investigação para avaliar se é maligno ou não. O timo é uma glândula localizada no mediastino, região na frente do coração e entre os pulmões. O pequeno órgão tem a função de distribuir os linfócitos, que são as células de defesa do sistema imunológico, para onde são necessárias. Contudo, o timoma pode se formar na glândula ou ao seu redor e causar problemas de saúde variados.
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Quais são as causas do timoma?
Os motivos que resultam na formação de um timoma não são muito claros para a medicina. No entanto, a maioria dos diagnósticos de câncer de timo estão relacionados a doenças autoimunes e outros transtornos. É o caso da miastenia, doença cujo próprio sistema imunológico produz anticorpos contra os receptores responsáveis pela contração muscular. Cerca de 20% a 50% dos pacientes com a condição também possuem ou já tiveram um timoma, sendo que 11% têm chances de desenvolver o tumor maligno.
Outros possíveis fatores de risco para o timoma são lúpus eritematoso, síndrome de Cushing e aplasia eritroide pura, todas com mecanismos autoimunes.
Sintomas do timoma
Em boa parte dos casos, o timoma pode ser silencioso ou não dá sinais muito claros de sua presença. Entretanto, algumas pessoas podem ter alterações visuais, dificuldades para respirar, inchaço no rosto, tronco e abdômen, problemas para engolir alimentos e fraqueza muscular. Todos estes sintomas ou alguns podem levantar suspeitas de um timoma, miastenia grave ou ambos, já que as enfermidades podem “andar juntas”. Afinal, o câncer no timo faz com que a glândula também produza anticorpos contra o movimento dos músculos. Se o indivíduo se engasga com frequência e não consegue engolir direito, o médico pode suspeitar que o timoma está atrapalhando um nervo da laringe.
Diagnóstico
O primeiro passo para identificar um timoma é a avaliação dos sintomas mais comuns à condição. Com a suspeita, o médico solicita exames de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e raio-X. A finalidade é detectar não apenas o tumor, mas a extensão que ocupa e se está afetando alguma área importante, como a veia cava do coração e demais nervos. Por fim, o médico deve solicitar uma biópsia para checar a natureza maligna ou benigna do timoma.
Tratamento
Varia conforme o tamanho e gravidade do timoma. Por exemplo, se o tumor for maligno e grande o suficiente para causar problemas em outras funções, a cirurgia torna-se a principal medida para retirá-lo. Antes do procedimento, o paciente poderá realizar algumas sessões de radioterapia e quimioterapia para reduzir o tamanho do timoma e, assim, facilitar o processo cirúrgico. Depois da remoção, também é necessário continuar com as terapias para combater as células malignas e evitar rescidivas.
Quais médicos procurar?
A princípio, um clínico geral ou endocrinologista podem perceber os sinais da condição e encaminhar o paciente para um oncologista, que irá investigar o quadro com mais afinco.
Referências: MSD Manuals; A.C. Camargo; National Cancer Institute; Cleveland Clinic; e Sociedade Brasileira de Patologias.