Tendinite no polegar: conheça as causas e tratamentos
Se você trabalha no computador ou se tem uma atividade profissional bastante mecânica, já deve ter ouvido falar sobre a tendinite. Ela pode surgir em diversas regiões, mas uma forma bastante comum é a tendinite no polegar.
O que é tendinite?
Em primeiro lugar, precisamos de uma breve aula de anatomia. Os tendões unem os músculos do corpo aos ossos, e a tendinite acontece quando um desses tendões inflama.
Por exemplo, no caso do polegar, a tendinite acontece quando os tendões que unem a musculatura aos ossos da região – o tendão do músculo extensor curto e do abdutor longo – inflamam.
“Essa tendinite, também chamada de Tendinite de Quervain, acontece por atividades que demandem esforços repetidos e sobrecarga mecânica. Por exemplo pegar objetos, torcer roupa, escrever com muita força, lavar louça, vidros, montar móveis, parafusar e pregar”, explica Sílvia Lemos Fagundes, fisioterapeuta e professora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Cesuca.
Leia também: Lesão por esforço repetitivo (LER): Como tratar e evitar
Quais os principais sintomas?
De acordo com a fisioterapeuta, existe uma lista de sintomas conhecidos, como:
- Dor localizada ou irradiada para o antebraço;
- Calor (região quente);
- Vermelhidão;
- Inchaço;
- Falta de força.
“Essa condição acomete essa área devido às atividades de vida diária e o polegar ser a base para os movimentos principais de preensão e de pegadas de objetos, como canetas”, continua.
Normalmente, o diagnóstico é feito por meio de um exame físico – como a chamada manobra de Phalen -, ou por exames de imagem, como a ecografia ou a ressonância magnética.
Como é feito o tratamento da tendinite de polegar?
O tratamento varia de acordo com o quadro, porém, o uso de medicamentos prescritos pelo médico, principalmente à base de anti-inflamatórios, é bastante comum. Além disso, o uso de analgésicos e a recomendação do repouso também fazem parte da conduta.
“Também acontece por meio da fisioterapia com o uso de crioterapia (gelo) em estágios agudos iniciais, aparelhos como o ultrassom, que agem como anti-inflamatórios, exercícios, uso de órteses de posicionamentos, bandagens elásticas, liberações miofasciais, correções e orientações laborais e posturais”, finaliza.
Fonte: Sílvia Lemos Fagundes, fisioterapeuta e professora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Cesuca