Sintomas pouco conhecidos do diabetes que você precisa saber
Quando pensamos em diabetes, seja ele tipo 1 ou 2, os sinais mais famosos da doença são sede em excesso, vontade frequente de urinar, cansaço intenso e perda de peso. No entanto, existem outros sintomas pouco conhecidos do diabetes que você precisa ter atenção. Principalmente porque a suspeita do diabetes pode demorar para dar as caras, visto que a condição começa silenciosa.
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Quais são os sintomas pouco conhecidos do diabetes?
De acordo com Fernando Valente, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP, o diabetes tem sintomas inusitados.
Por exemplo, poucos sabem que infecções genitais recorrentes podem ser um aviso para a doença. “A candidíase pode ser uma manifestação do diabetes, pois a pessoa acaba excretando mais açúcar pela urina”, explica o endocrinologista.
Outros sintomas são visão turva, que muita gente acha que é “vista cansada”; demora para a cicatrização de feridas; e formigamento nas pernas precisam de avaliação médica.
Por que o diabetes pode ser perigoso?
Além dos sintomas, o sistema de saúde enfrenta o desafio de conscientizar a população sobre os perigos do diabetes. Por ser uma enfermidade lenta e sem sintomas incapacitantes a curto prazo, é comum subestimar seu impacto negativo.
Todavia, Valente avisa que o diabetes é a maior responsável pela cegueira em pessoas em idade laboral e a maior causa, junto com pressão alta, de falência renal. Ou seja, duas em cada três pessoas fazem diálise por conta de pressão alta e diabetes.
“O diabetes é a maior causa de amputação de membros inferiores e é um grande fator de risco para infarto e derrame. Sete em cada 10 pessoas com diabetes morrem de doença cardiovascular”, explica o especialista.
Como prevenir o descontrole da doença
Com o diagnóstico do diabetes, é fundamental tomar medidas para controlar o quadro e, assim, evitar complicações que limitam a qualidade de vida. São elas:
- Monitoramento dos níveis de glicose no sangue.
- Consultar o oftalmologista para fazer exame de fundo de olho, pelo menos uma vez ao ano.
- Anualmente, fazer exame de sangue de creatinina para calcular o quanto o rim está filtrando.
- Realizar dosagem de proteína na urina.
- Fazer um eletrocardiograma de repouso, uma vez ao ano.
- Avaliar com frequência as solas dos pés, observando se não tem nenhuma ferida, pois isso pode ser a porta de entrada de uma infecção.