Síndrome de Wolff-Parkinson-White: o que é, sintomas e como tratar
O nome é complicado: Síndrome de Wolff-Parkinson-White, ou apenas WPW. A explicação, no entanto, é simples: trata-se de uma condição congênita – ou seja, de nascença, causada por uma má-formação do coração no embrião. Dessa forma, o portador possui um feixe de condução elétrica a mais no coração. A seguir, o cardiologista Ausonius Sawczuk, do Hospital Albert Sabin, explica mais sobre a síndrome.
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O que são feixes de condução?
Primeiramente, vale explicar o que são os feixes de condução. Tratam-se de estruturas do coração que fazem parte do sistema de condução elétrica do órgão. Dessa forma, a função desse sistema é gerar e transmitir impulsos elétricos responsáveis pelas contrações cardíacas. Ou seja, auxiliar nas batidas e controlar o ritmo do coração.
“Na Síndrome de Wolff-Parkinson-White, existe uma conexão elétrica a mais entre o átrio e o ventrículo (cavidades do coração)”, explica o médico.
Fazendo uma comparação bem simplificada, imagine uma lâmpada conectada a uma tomada na parede por um fio elétrico. Na síndrome, é como se houvessem dois fios, e isso pode ocasionar um curto-circuito, ou a luz pode funcionar de maneira errada.
Sintomas, diagnóstico e tratamento da Síndrome de Wolff-Parkinson-White
O sintoma mais comum é a chamada taquicardia paroxística supraventricular, que pode se manifestar por meio de palpitações, suores, falta de ar, dor no peito e sensação de desmaio.
Porém, tanto esse tipo de taquicardia quanto a síndrome só podem ser diagnosticadas por meio de exames, ao se investigar as causas da taquicardia – geralmente, um eletrocardiograma. Podem ser necessários outros exames, como o holter (um eletrocardiograma que mede o funcionamento do coração por pelo menos 24 horas), ou um ecocardiograma (ultrassonografia do coração).
Uma vez dado o diagnóstico, o tratamento, na maioria das vezes, é a retirada do feixe a mais por meio de uma ablação, isto é,a aplicação de energia em uma frequência específica ou de frio por um cateter inserido no coração.
Afinal, a WPW tem cura?
A síndrome é, sim, curável na maioria dos portadores. Além da ablação, também podem ser prescritos medicamentos que controlam a arritmia. Em alguns casos, o uso dos medicamentos pode precisar ser feito mesmo depois da ablação, para ajuste cardíaco.
Fonte: Dr. Ausonius Sawczuk, cardiologista do Hospital Albert Sabin, em São Paulo.