Sarcoma de partes moles: o que é, sintomas e tratamentos
Cerca de 50% do corpo humano é constituído de partes moles como músculos, gordura, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos entre outros tecidos. Logo, o sarcoma de partes moles é um tipo de tumor que se origina, como o próprio nome diz, nesses tecidos moles, podendo afetar o corpo todo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde existem mais de 50 tipos de sarcomas de partes moles. Esse tipo de câncer é raro e corresponde a menos de 1% dos números de casos.
Sarcoma de partes moles: mais comum em braços e pernas
Esse tipo de câncer pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas acima dos 65 anos. Além disso, cerca de 50% dos sarcomas de partes moles se original nos braços e pernas, 40% no tronco e 10% na cabeça e pescoço. Contudo, o trato digestivo também pode ser afetado, incluindo a parte posterior do abdômen (chamado de retroperitônio) e o sistema reprodutor feminino.
Sintomas
Em geral, os sarcomas não manifestam sintomas nos estágios iniciais da doença, o que dificulta o diagnóstico precoce. Além disso, dependendo da localização no corpo podem se manifestar de diferentes formas. Nos braços e pernas, onde são mais comuns, causam nódulos que crescem gradativamente, sem causar dor.
Contudo, quando estão localizados no abdômen, como no retroperitônio, causam dor. Em geral, os principais sintomas dos sacormas de partes moles são: .
- Crescimento de nódulo ou caroço em qualquer parte do corpo
- Dor abdominal que piora com o tempo
- Sangue nas fezes ou vômito
- Fezes escuras ou negras (sinal de que há sangramento interno)
Diagnóstico
O diagnóstico começa pela suspeita de nódulos que, geralmente, são indolores e crescem depressa. Contudo, exames complementares como ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética ajudam a complementar o diagnóstico e avaliar o tumor. O diagnóstico final é feito a partir de biópsia do nódulo. A biópsia define também o tipo de célula e o grau de malignidade do tumor.
Fatores de risco para sarcomas de partes moles
Na maioria dos pacientes, as causas são desconhecidas, mas sabe-se que há uma relação entre algumas síndromes genéticas hereditárias, tais como:
- Síndrome de Gardner
- Síndrome de Gorlin
- Esclerose tuberosa
- Doença de von Recklinghausen
- Síndrome de Li-Fraumeni
- Retinoblastoma
- Síndrome de Werner
Além disso, outras possíveis causas são o enfraquecimento do sistema imunológico em razão de HIV, exposição à radiação e agentes químicos.
Tratamentos
Assim como na maioria dos tipos de câncer, o tratamento dependerá do tipo, tamanho e local. Em geral, para tumores mais localizados, a cirurgia de retirada da lesão é a mais indicada. Tanto a quimioterapia como a radioterapia poderão ser utilizadas antes ou depois da cirurgia.
Contudo, em sarcomas que estejam espalhados pelo corpo, o tratamento envolve a quimioterapia ou a terapia-alvo, podendo combinar a radioterapia e cirurgia, também.
De acordo com o A.C.Camargo Cancer Center, a amputação dos membros, há algumas décadas, era muito preconizado chegando a 60% dos casos. Contudo, hoje em dia com o avanço nos tratamentos, esse índice reduziu para 5% a 10%, em casos muito selecionados.
Referências: Oncoclínicas, A.C.Camargo Cancer Center e Sarcomas de partes moles nos membros, mais comuns e tão graves quanto os sarcomas ósseos