Rita Lee: cantora reaparece após a remissão do câncer de pulmão. Entenda!
A cantora Rita Lee, ícone da música brasileira, fez uma breve aparição nas redes sociais na última segunda-feira (13) por meio de uma publicação de seu marido, Roberto de Carvalho. Na imagem, ela aparece com os cabelos curtos e uma bandeja sobre o colo.
Rita descobriu um câncer no pulmão esquerdo em maio de 2021 ainda em estágio inicial. Desde então, realizava sessões de imunoterapia e radioterapia contra o tumor maligno. Mas após 11 meses de tratamento, os exames confirmaram o desaparecimento do câncer. Apesar da conquista, a cantora evitou comemorar a cura devido ao risco da doença retornar e da necessidade de acompanhamento médico contínuo.
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Rita Lee teve, então, uma remissão do câncer após a finalização do tratamento, isto é, nenhuma célula do tumor foi detectada pelos exames. No entanto, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o paciente é considerado totalmente curado somente após o marco de 5 anos sem evidências do tumor. Após esse período, o risco de recidiva cai consideravelmente. Lilian Arruda, coordenadora adjunta do Departamento de Oncologia do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), aponta fatores determinantes para a cura:
“Existe cura para o câncer. Ela depende principalmente do estágio em que a doença é diagnosticada. Mas também está atrelada ao tipo de tumor. Alguns têm altas taxas de cura, mesmo quando diagnosticados em fases avançadas”.
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Câncer de pulmão de Rita Lee
A maior parte dos casos de câncer de pulmão, ou seja, 85% deles, está diretamente relacionada ao tabagismo, por isso, integra a lista de cânceres evitáveis. De acordo com Cezar Augusto Galhardo, cirurgião oncológico e presidente da SBCO (MS), se a população mundial deixasse de fumar, oito entre dez casos deixariam de existir. Vale ressaltar que apenas 16% dos cânceres de pulmão são diagnosticados em estágio inicial.
Ainda de acordo com o INCA, além do tabagismo, outras causas também favorecem o surgimento do câncer de pulmão, tais como:
- Exposição à poluição do ar;
- Infecções pulmonares de repetição;
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica);
- Fatores genéticos e história familiar;
- Idade avançada, já que a maior parte dos casos afeta pessoas entre 50 e 70 anos;
- Exposição ocupacional à agentes químicos ou físicos (asbesto, sílica, urânio, cromo, agentes alquilantes, radônio, entre outros).
Dessa forma, o tabaco atua diretamente no DNA das células do pulmão, que passam a se multiplicar de maneira desordenada, causando o tumor maligno. Portanto, não existe forma segura de consumo de tabaco. Além disso, uma das grandes preocupações hoje em relação aos jovens é o narguilé, os cachimbos d’água árabe utilizados para fumar e que são extremamente prejudiciais à saúde.
A importância do diagnóstico precoce
Em um material publicado pela Rede Câncer, Gélcio Mendes, coordenador de Assistência e vice-diretor-geral do INCA, aponta que o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento.
“Hoje podemos identificar tumores em fases mais precoces e conseguimos fazer tratamentos mais específicos para cada tipo, ou seja, tumores mais agressivos com tratamentos mais intensos, e tumores indolentes com tratamentos menos agressivos”, enfatiza Gélcio Mendes, esclarecendo porque atualmente o cenário da cura do câncer é muito mais otimista do que no passado.
Assim, a detecção precoce do câncer é uma estratégia para possibilitar uma chance maior de tratamento bem sucedido. Dessa forma, para diagnosticar esse tipo de tumor, médicos podem investigar exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos. Após identificar os resultados, o especialista optará pelo melhor tipo de tratamento, considerando as variáveis de cada paciente, sendo que as opções mais utilizadas são cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Revista Rede Câncer | edição 40 de 2018.