Risco de embolia pulmonar aumenta em avião?

Saúde
15 de Março, 2024
Risco de embolia pulmonar aumenta em avião?

O risco de uma trombose e, consequentemente, embolia pulmonar aumenta em quem passa muito tempo na mesma posição, como em viagens de avião de longa duração. Recentemente, uma brasileira  morreu após sofrer uma embolia em um voo de 30 horas. Entenda mais sobre a condição e como prevenir.

Leia mais: Embolia pulmonar: o que é, causas, sintomas e tratamento

O que é a embolia pulmonar?

A embolia pulmonar acontece quando um coágulo de sangue se forma e se solta de alguma parte do corpo (das pernas, por exemplo) e vai até o pulmão, provocando um bloqueio na passagem de sangue. Assim, quanto maior o tempo do voo e quanto menor o espaço para as pernas se movimentarem, maior o risco do sangue ficar estagnado nas veias, e portanto, maior a chance de trombose. Dependendo do tamanho da obstrução e da ausência de auxílio médico disponível no local, a condição pode causar a morte.

Sintomas de embolia pulmonar

Os sintomas atingem, sobretudo, a batata da perna. Assim, pode surgir dor, aumento de temperatura, inchaço, vermelhidão e mudança na consistência nessa parte do corpo, que parece ficar mais endurecida. Esses sinais podem indicar que um coágulo está se formando. Assim, aumenta o risco que ele se solte e migre pelas veias profundas até os pulmões, onde pode levar a uma embolia.

Porque o risco de embolia pulmonar é maior em viagens de avião?

Ficar sentado por muito tempo pode aumentar o risco de trombose e embolia, mas o risco é ainda maior em viagens de avião. Isso porque existem variações da pressão atmosférica, pressurização da cabine, altitude da aeronave e consequente desidratação. Em pessoas com questões prévias de saúde, essas oscilações podem ter um impacto maior.

Por exemplo, pessoas com histórico prévio de trombose, alterações da coagulação ou outras condições médicas (tratamento de alguns tipos de câncer, por exemplo). Nesse caso, o ideal é conversar com um médico antes de viajar. Além disso, sexo feminino, obesidade, gravidez, pós-parto, idade avançada, cigarro, e período pós-cirúrgico, entre outros fatores, podem elevar esse risco também.

Como evitar os riscos?

Primeiramente, é importante que, durante voos mais longos, a pessoa saia da poltrona e se movimente pelos corredores, que se mantenha bem hidratada e que evite o excesso de álcool (o que aumenta ainda mais a desidratação). Assim, o movimento e a consequente pressão das panturrilhas sobre as veias das pernas criam um mecanismo que impulsiona melhor o sangue para a parte superior do corpo, como uma espécie de bomba propulsora.

Além disso, para evitar riscos, faça check-ups periódicos e mantenha-se bem informado sobre seu estado de saúde, condições do voo e tempo de deslocamento até seu destino final. Se possível, opte por voos mais curtos, com uma pausa para movimentação e caminhadas durante a conexão.

Referência: Centro de Informação em Saúde para Viajantes.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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