Raspagem de próstata: como funciona e quando é indicada?
A raspagem de próstata é um procedimento pouco falado, mas é bastante útil em alguns casos. Principalmente quando ocorre o aumento da próstata, que provoca incontinência urinária no homem. A seguir, saiba mais sobre a intervenção cirúrgica e como ela beneficia a saúde masculina em certas situações.
O que é e como funciona a raspagem de próstata?
Também conhecida como ressecção transuretral (RTU), a cirurgia consiste na desobstrução da próstata por meio da endoscopia. O método é minimamente invasivo, mas requer anestesia local e sedação.
Assim, o médico coloca uma sonda na uretra até chegar à próstata. Com auxílio de uma microcâmera acoplada no acesso, se inicia o processo de raspagem da próstata, com o objetivo de reduzir o tamanho da glândula.
Pós-operatório
Logo depois do procedimento, o paciente pode ficar em observação por até 48h. Nesse período, a sonda permanece na uretra para manter o canal livre de coágulos. Ao receber alta, é importante fazer repouso na primeira semana, bem como cuidar da hidratação.
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Quem precisa realizar a raspagem de próstata?
A princípio, a ressecção transuretral é indicada para o diagnóstico de aumento da próstata, algo comum em homens com 50 anos ou mais. No entanto, a técnica é o último recurso, caso o tratamento com medicamentos não tenha funcionado.
De forma geral, a alteração no tamanho da glândula pode causar problemas, sobretudo a incontinência urinária, pois pressiona a bexiga e a uretra. Portanto, a raspagem da próstata pode corrigir essa condição, que atrapalha a vida e a autoestima masculina.
Outra indicação para a raspagem são quadros de retenção urinária que necessita de sonda. Então o procedimento colabora nesse sentido, pois reduz as chances de insuficiência renal.
Possíveis complicações
Assim como todo procedimento, a raspagem de próstata pode gerar intercorrências. Ainda que não necessite de cortes para acessar a próstata, a inserção da sonda e a própria raspagem podem causar sangramentos e coágulos. Se isso acontecer, é necessária a cauterização local para conter o foco da hemorragia.
Por fim, outro efeito colateral é a ejaculação retrógrada ou tardia. Ou seja, o homem chega ao orgasmo, mas não consegue ejacular normalmente.
Como resultado, o esperma se mistura com a urina e é expelido com ela. Contudo, tais imprevistos são raros, pois a técnica e o manejo evoluíram e apresentam riscos mínimos.
Referências: NHS UK; Mayo Clinic; e Cleveland Clinic.