Rainha Elizabeth II: por que ficamos tristes com a morte de figuras públicas?
Nesta quinta-feira (8), o mundo recebeu uma das notícias mais chocantes e tristes: a morte da Rainha Elizabeth II, que morreu aos 96 anos, no castelo de Balmoral, na Escócia.
De acordo com o anúncio oficial dos canais da família real, ela morreu pacificamente. O primogênito da Rainha Elizabeth II, Charles Philip Arthur George, irá assumir o trono do Reino Unido no lugar de sua mãe.
“Eu sei que a perda dela será profundamente sentida ao redor do país, da Commomwealth e por incontáveis pessoas ao redor do mundo”, declarou Charles, o novo rei.
Centenas de pessoas – tanto britânicos quanto turistas – reúnem-se em frente ao Palácio de Buckingham, em Londres, para prestar homenagem à rainha.
Mas você já parou para se perguntar por que nós ficamos tão tristes com a morte de pessoas que não conhecemos?
A explicação
De acordo com a psicóloga cognitiva, Rejane Sbrissa, nós ficamos tristes com a morte de figuras públicas, pois acompanhamos a história de vida deles e nos sentimos próximos, como se conhecêssemos.
Um exemplo disso é a morte da Rainha Elizabeth II. “As celebridades, de certa forma, fazem parte do nosso cotidiano. Ouvimos suas canções, lemos seus livros, acompanhamos séries, novelas, sites, redes sociais, enfim. Por isso, sentimos a tristeza pela morte de alguém que nunca vimos pessoalmente”, ressalta a psicóloga.
A influência das redes sociais no luto da Rainha Elizabeth II e de outras figuras públicas
Para Rejane, as redes sociais contribuem e influenciam as pessoas a viverem ainda mais o sentimento de tristeza e luto. “As pessoas pensam, se tantos estão tão tristes e mal por aquela perda, eu também tenho que estar, aí entra o clima de luto coletivo.”
Tristeza genuína
A perda de uma figura pública, como o caso da rainha, costuma causar um grande choque entre as pessoas. Mas enquanto para alguns é apenas uma notícia triste, para os fãs, é como perder um familiar ou uma pessoa muito próxima.
“Os fãs não se prendem apenas às notícias que saem na mídia, elas acompanham diariamente a vida das celebridades diariamente, como se fosse uma pessoa comum”, diz Rejane.
De acordo com a psicóloga entrevistada, essa tristeza, muitas vezes, não é reconhecida socialmente. Porém, o sentimento é genuíno e deve ser cuidado por quem sente o luto e respeitado por pessoas ao redor.
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Rejane lembra que o luto deve ser sentido. ”No caso de uma celebridade, você pode guardar as recordações que tem dela, dar valor ao que você sempre admirou e saber que essa admiração não acaba com a morte. Preste sua homenagem da maneira que puder”, finaliza a especialista
Fonte: Rejane Sbrissa – Psicóloga Cognitiva especialista em transtornos alimentares.