Quando trocar a escova de dentes?
Além de ser um ponto de acúmulo de bactérias, uma escova de dentes desgastada não é capaz de remover impurezas da boca. Dessa forma, pode provocar uma série de problemas bucais, como o acúmulo de placa bacteriana, retração gengival e, em casos mais graves, perda dos dentes. Segundo o último levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, apenas 50,7% dos brasileiros trocam o item após três meses de uso. Por isso, saiba agora quando é o momento certo de trocar a escova de dentes.
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Quando é hora de trocar a escova de dentes?
De acordo com a Dra. Patrícia Capellato, dentista, quando as cerdas começam a ficar deformadas e a perder a eficiência na remoção de sujeira dos cantos entre os dentes, é hora de trocá-la.
“Com o tempo, o potencial de limpeza diminui. Assim, a higiene bucal fica comprometida. Nesse estágio de uso, é comum que as pessoas apliquem força durante a escovação, o que ocasiona danos na gengiva”, alerta.
Para conservar a qualidade das escovas, é necessário preservá-las em um ambiente que permita a secagem completa entre um uso e outro. Isso porque a umidade constante contribui para a cultura de germes, fungos e bactérias que se multiplicam com o decorrer do tempo. Após a higienização bucal, é preciso lavá-las em água corrente e guardá-las em pé. A recomendação da dentista é para que a substituição do item aconteça a cada três ou quatro meses, sempre que as cerdas estiverem com o aspecto gasto.
Infecções também exigem troca da escova
Quando o indivíduo passa por um período de doenças respiratórias, como a gripe ou a Covid-19, ou enfrenta infecções na boca e dores de garganta, é aconselhado fazer a troca das escovas de dente. Os germes e vírus relacionados ao problema de saúde podem se alojar nas cerdas, mesmo que estejam novas, e causar a reinfecção depois da recuperação. Para evitar a contaminação de uma escova para a outra, é preciso utilizar porta-escovas com fendas. Assim, uma peça não entre em contato com as outras do mesmo banheiro.
Escova de dentes elétrica: manutenção
As escovas dentais elétricas têm a mesma capacidade de limpeza das convencionais e são indicadas para pessoas com problemas motores, por permitirem a limpeza dos dentes com menos movimentação das mãos. A troca também deve ser feita periodicamente e, de preferência, a cada três meses de uso, porém, apenas a cabeça da peça com as cerdas deve ser substituída.
Geralmente, o indicado por especialistas é a escolha de cerdas macias para a higienização completa sem danos à gengiva ou desgaste do esmalte dental. A avaliação de um dentista qualificado irá auxiliar na escolha de escovas de dentes apropriadas para cada pessoa, de acordo com o tamanho da boca e da arcada dentária.
Fonte: Professora Patrícia Capellato, coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera.