Qual a idade certa para fazer uma cirurgia plástica?

Beleza
17 de Novembro, 2022
Qual a idade certa para fazer uma cirurgia plástica?

O Brasil possui uma população vaidosa e extremamente preocupada com a autoimagem. Prova disso é que o país é um dos que mais realiza cirurgias plásticas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), são feitas, em média, 1,5 milhão de cirurgias plásticas ao ano. A popularidade dos procedimentos pode começar desde cedo, com jovens que desejam mudar algo em seus corpos que lhes desagradam. Afinal, qual é a idade certa para fazer uma cirurgia plástica?

Para responder a essa e outras perguntas, Vitat consultou as cirurgiãs plásticas Ana Borba e Maria Julia Norton, ambas da clínica Lis Concept, do Rio de Janeiro (RJ).

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A idade certa para realizar uma cirurgia plástica

A dupla de especialistas afirma que tudo depende do tipo de cirurgia. “Por exemplo, algumas são indicadas ainda na infância, como a que corrige a orelha de abano (otoplastia). Nesses casos, é possível realizar o procedimento nas crianças, pois a condição pode gerar bullying e, consequentemente, o abalo psicológico”, explica Ana Borba.

No entanto, cirurgias como lipoaspiração, implantes mamários e mastopexia são aconselháveis quando a pessoa já se desenvolveu. “Precisamos aguardar esse processo, que ocorre geralmente após 3 ou 4 anos a partir da primeira menstruação (no caso de próteses e redução das mamas). Ou seja, entre 16 e 18 anos. Mas sempre recomendamos que qualquer cirurgia aconteça dos 18 anos em diante”, sugere Maria Julia.

Há casos específicos que podem ser operados antes da idade ideal? 

Segundo as profissionais, existem situações elegíveis antes dos 18 anos. Contudo, elas ressaltam que é essencial analisar os seguintes aspectos: se a pessoa possui o órgão desenvolvido o suficiente e se há amadurecimento emocional para a cirurgia plástica.

“É importante que os adolescentes tenham esses requisitos. Em meninas jovens, mamas assimétricas demais, por exemplo, podem atrapalhar a vida sexual delas. Então, pesamos todas essas questões ao recomendar uma intervenção desse tipo”, afirma Ana Borba.

E, como dito acima, a própria otoplastia é sugerida em crianças, pois as orelhas sofrem poucas alterações até a fase adulta.

O que é importante em uma cirurgia plástica em jovens adultos e menores de idade

Além da análise de cada caso — nível de desenvolvimento do indivíduo, complexidade da cirurgia e o preparo psicológico — a cirurgia precisa ter o aval do responsável pela criança ou adolescente menor de 18 anos.

Na avaliação das cirurgiãs, o acompanhamento psicológico é outra parte vital do processo. Dessa forma, a pessoa consegue reconhecer as motivações para a cirurgia e como isso irá impactar a vida.

Além disso, a psicoterapia é útil para ampliar o autoconhecimento, a fim de conquistar autoestima, autoconfiança e rever a necessidade de um procedimento precoce. “Dependendo da intervenção, o paciente pode ficar com cicatrizes e precisa ter ciência dos prováveis riscos. Isso precisa estar alinhado entre todas as partes”, reforça Maria Julia.

A importância de ter bons profissionais na jornada

Se você é muito jovem e está pensando em fazer uma cirurgia plástica, saiba que os cirurgiões precisam ser de confiança. Ou seja, precisam lhe auxiliar a tomar a melhor decisão pensando no seu bem-estar, ainda que a cirurgia deva esperar mais um pouco.

“Quando pensamos em cirurgia plástica, é comum associá-la a fins exclusivamente estéticos. Mas destaco que até mesmo as intervenções estéticas têm o objetivo reparador, e vice-versa. Por isso, precisamos compreender o melhor momento de reparar o órgão, assim como melhorar a aparência e autoestima dos pacientes”, orienta Ana Borba.

Os mesmos conselhos valem para pessoas adultas ou mais velhas. Ter clareza dos motivos e a segurança no profissional que irá realizar o procedimento são indispensáveis para ter satisfação na jornada. “Por exemplo, uma blefaroplastia não deixa apenas o olhar mais leve e jovial, mas pode melhorar a qualidade de vida da pessoa, que terá menos inchaço e mais facilidade para enxergar”, finaliza Maria Julia.

Fontes: Ana Borba, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e AMB; Maria Julia Norton, Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e AMB — ambas são da equipe da clínica Lis Concept, no Rio de Janeiro (RJ).

 

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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