“Pulmões de pipoca”: entenda a condição causada por cigarros eletrônicos
No Reino Unido, uma mulher de 20 anos foi hospitalizada com uma doença grave conhecida como “pulmões de pipoca”. A jovem fazia uso de cigarros eletrônicos – os famosos vapes, que foram responsáveis por desencadear a condição.
Assim como tantos outros jovens, Abby Flynn começou a usar o vape despretensiosamente e se viciou rapidamente. O que resultou no consumo equivalente a 140 cigarros por semana.
Desse modo, a doença pulmonar recebe o nome de “pulmões de pipoca”. Isso porque trabalhadores de uma fábrica nos Estados Unidos desenvolverem a condição após inalar diacetil, composto utilizado em pipocas de microondas para compor o aroma artificial. Da mesma forma, esse composto também é utilizado como um aromatizante em cigarros eletrônicos.
A seguir, confira mais informações sobre a condição da jovem.
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Afinal o que são pulmões de pipoca?
Clinicamente, a doença se chama Bronquiolite Obliterante, uma condição causada pela inalação de produtos químicos que resulta em cicatrizes e danos severos às pequenas vias aéreas dos pulmões. Com isso, a doença causa sintomas como falta de ar, chiado e tosse. Se eles forem severos, o paciente necessitará de atendimento médico emergencial.
Além dos produtos químicos, outros motivos podem despertar a bronquiolite como gases tóxicos e infecções virais. No entanto, o aspecto mais importante da doença é que ela pode causar um quadro irreversível. Assim, se não tratada, pode levar o portador a ficar dependente de máquinas de oxigênio.
Tratamento
Por fim, além de parar de fumar, o tratamento inclui o uso de esteróides, anti-inflamatórios, antialérgicos e inaladores. Esses medicamentos podem reduzir a inflamação dos pulmões e contribuir com a respiração do paciente. Porém, já em outros casos, os danos no pulmão são irreversíveis. Neste caso, o paciente pode precisar de um novo pulmão, tendo que entrar em uma fila de doação de órgãos.
Portanto, a melhor forma de evitar a condição é não fazer o uso de cigarros eletrônicos e evitar a exposição a produtos químicos da mesma ordem.
Fonte: Cartilha do cigarro eletrônico – Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.