Postura do dia a dia: Veja quais são as posições ideais em cada situação
É comum que as pessoas relaxem ao manter a postura do dia a dia. Entretanto, até mesmo o simples ato de caminhar pode ter impacto direto na saúde da coluna e das articulações.
Para quem trabalha, são cerca de oito horas na cadeira do escritório em frente ao computador e mais algumas boas horas com a cabeça baixa de olho no celular. Dessa forma, ao final do dia surge o cansaço que, consequentemente, gera a má postura.
Assim, o resultado é inevitavelmente dores nas costas, problema que afeta 85% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mudanças de hábitos e ganho de consciência corporal são as chaves para alterar de vez o percurso desse problema. “Observar o jeito que se senta na cadeira, que se deita no sofá e a postura que se mantém para dirigir são coisas extremamente importantes”, alerta o fisioterapeuta Cadu Ramos.
Veja abaixo as dicas do especialista:
Postura do dia a dia ao sentar
Quem trabalha sentado deve manter a coluna apoiada, com os joelhos em 90º e pés também apoiados. “Não ficar muito tempo em uma mesma posição ajuda”, ensina. “É recomendado ainda a regra dos 50-10. Quem trabalha sentado, deve se levantar a cada 50 minutos e ficar 10 minutos em pé. Então, vá ao banheiro, beba água, tome um café e, se possível, se alongue um pouco”, recomenda.
O mesmo vale para quem trabalha em pé. Dessa maneira, é necessário mudar a posição a cada 50 minutos para descansar as articulações.
Isso porque uma má postura pode atrapalhar não só os níveis de energia, a concentração e o rendimento de uma pessoa, como também fazer com que os músculos entrem em fadiga.
Ao mexer no celular
Em algumas profissões, as pessoas têm maior risco de degeneração dos discos (e até de hérnia de disco) por conta da postura. “Em profissões nas quais as pessoas ficam muito tempo com o pescoço fletido (curvado), por exemplo, ocorre um risco maior de desenvolvimento de hérnia de disco na região cervical”, alerta o fisioterapeuta.
Ao carregar algo
Quem costuma carregar bolsas e mochilas pesadas ou crianças no colo deve ter cuidado. Além do impacto estético, a má postura pode causar flacidez abdominal porque você acaba projetando a barriga para frente. “Se aumentar a cifose (corcunda) naturalmente, pode aparecer outra patologia: a lordose. Portanto, é uma questão de acomodação das estruturas”, explica.
“Quando for necessário levantar pesos, inicie com os joelhos flexionados e com o corpo próximo ao objeto que deve ser erguido. Além disso, faça força com as pernas, e não com a coluna, para levantá-lo”, ensina Cadu.
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Postura certa para dormir
Todo o cuidado com a postura também deve ser mantido ao ir para a cama. Por isso, dormir com um travesseiro muito alto irá forçar o alongamento exagerado dos extensores do pescoço, contribuindo para uma possível lordose cervical, além de torcicolo.
“Durma de lado, com o travesseiro apoiado na cabeça. Não pode ser muito alto e nem muito baixo. Ademais, use um travesseiro entre os joelhos”, recomenda.
Escovar os dentes ou lavar louça
Flexione um joelho e alterne com o outro (você pode usar, ainda, um apoio no pé), e mantenha sua coluna o mais ereta possível. “O ideal é que a pia esteja na altura do seu umbigo”, fala.
Pegar uma criança do chão
Para manter a coluna alinhada, flexione os joelhos até que um deles toque o chão, e mantenha a coluna ereta. Assim, o peso do seu corpo estará distribuído. Evite ainda fazer flexão do tronco sem flexionar os joelhos, pois a coluna e os joelhos podem ficar sobrecarregados.
Postura para subir e descer escadas
Tanto para subir quanto para descer é importante colocar o pé por completo em cada degrau para manter a estabilidade e manter a coluna ereta.
O especialista ainda afirma que ao longo prazo, uma pessoa que não presta atenção nos seus movimentos começa a desenvolver dores osteoarticulares por fadiga, que são mais difíceis de tratar. Portanto, quanto mais se demora para fazer a reabilitação, mais difícil é sair do estado de dor crônica. “A prevenção é sempre o melhor remédio”, afirma.
Fonte: Cadu Ramos, fisioterapeuta de São Paulo.