Polissonografia: o que é, para que serve e mais
Como vai a saúde do seu sono? Se você percebe que algo não está indo bem e resolve ir ao médico, provavelmente ele irá solicitar um exame: a polissonografia.
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O que é e para que serve a polissonografia?
Apesar do nome inusitado, a polissonografia é um exame simples e não invasivo. Ou seja, não se preocupe com agulhas, anestesia e aplicação de contrastes. De acordo com o clínico geral Roberto Debski, a finalidade do teste é avaliar alguns indicadores, como a atividade cerebral, muscular e respiratória. “Nosso sono se divide em diversas fases ou estágios com características próprias, e o exame consegue mapear todas elas. Por exemplo, a movimentação dos olhos, do corpo, respiração, roncos, se há apneia, ritmo cardíaco… Assim, é possível diagnosticar a causa de distúrbios variados”, explica o médico.
Quais problemas a polissonografia ajuda a diagnosticar?
Por ser bastante minucioso, o exame consegue captar particularidades de uma série de problemas de saúde, sobretudo os relacionados ao sono. Veja alguns:
- Síndrome das pernas inquietas.
- Insônia.
- Bruxismo.
- Terror noturno.
- Alterações respiratórias, como apneia do sono e narcolepsia.
- Arritmias cardíacas.
Como o exame é feito?
A princípio, Debski explica que a pessoa precisa dormir na clínica ou laboratório onde se realiza a polissonografia. “Afinal, o sono precisa ser monitorado por uma noite, por meio de sensores para a coleta de dados necessária”, esclarece. Ao chegar no local do exame, o paciente vai para a sala de equipamentos onde passará a noite, e terá sensores colados no corpo antes de dormir.
“Esses sensores devem ficar posicionados da maneira mais confortável possível, para que não interfiram a qualidade do sono”, comenta o especialista. Por outro lado, algumas clínicas oferecem a opção do exame em casa. Para isso, há algumas alternativas: ir até o local, aplicar os equipamentos e retornar no dia seguinte; ou um técnico pode ir até a residência do paciente para colocar os sensores no dia, antes de dormir.
Contraindicações
Não há muitas restrições para a polissonografia. No entanto, Debski afirma que é importante não estar com gripe, resfriado, febre ou outros sintomas de doenças infecciosas. Além disso, pessoas que sofrem crises frequentes de ansiedade, que tomam antidepressivos ou medicamentos controlados, precisam informar a situação para avaliar se o exame pode ou não ser feito.
Preparo da polissonografia
As instruções são bem simples:
- Não consuma bebidas alcoólicas por dois dias e evite a cafeína por 7h horas antes de fazer o teste.
- Além disso, os cabelos precisam estar limpos e sem cremes ou géis para não atrapalhar a colocação dos sensores.
- O mesmo vale para o corpo: não aplique cremes ou produtos que dificultem a aderência do dispositivo.
- Ao longo do dia, hidrate-se e alimente-se bem.
- Por fim, se você optar pelo exame no local, pode levar o próprio travesseiro para se sentir mais confortável.
Como fazer o exame?
Antes de mais nada, a polissonografia precisa de recomendação médica. Portanto, se você tiver queixas como dificuldade para dormir, roncos, cansaço ao longo do dia e problemas para respirar, o médico poderá indicar o exame para investigar a causa. O profissional pode ser um clínico geral, otorrinolaringologista, psiquiatra, neurologista ou outro especialista apto a avaliar o sono.
Fonte: Roberto Debski, médico clínico geral; referência: Instituto do Sono.