Pólipos no estômago: o que são, sintomas, causas e tratamento
Os pólipos no estômago são pequenos acúmulos celulares que acabam crescendo de forma irregular dentro do órgão. Eles podem atingir um tamanho que varia de milímetros a até um centímetro em alguns casos.
De forma geral, os pólipos são como pequenos pedaços de tecido que podem surgir em diferentes partes do corpo, interrompendo o fluxo de nutrientes em órgãos como o intestino, o cólon, a vesícula e o útero. Mas, quando atinge o estômago, muitas vezes essa obstrução não acontece de forma imediata. E, apenas exames como uma endoscopia são capazes de detectar a presença desse desarranjo celular.
Causas
Não existem causas geneticamente comprovadas sobre a formação de pólipos no estômago. Contudo, alguns fatores e hábitos que interferem na qualidade de vida podem deixar o órgão mais sensível, contribuindo para a sua incidência.
O uso de remédios sem prescrição médica ou em excesso, especialmente antiácidos, estaria relacionado com uma maior presença dos pólipos. Além disso, outro fator que deve ser levado em conta é a idade, pois conforme o corpo envelhece, a mudança de células pode impactar na mucosa estomacal.
Sintomas de pólipos no estômago
Os pólipos no estômago costumam ser assintomáticos, ou seja, o paciente só vai descobrir que está com esse acúmulo celular por meio de exames laboratoriais. Mas, caso eles não sejam detectados a tempo, alguns sintomas podem ser recorrentes, tais como:
- Refluxo gastroesofágico
- Má digestão e azia
- Enjoo e náuseas
- Dores abdominais
- Flatulência
- Fadiga excessiva
Contudo, vale ressaltar ainda que o pólipo estomacal não é um tipo de câncer. Na maioria dos casos, ele é considerado benigno. Mas, se não ocorrer a remoção, com o passar do tempo, pode vir a se tornar um tumor que irá precisar de mais cuidados.
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Tratamento
Esse desarranjo celular costuma ser encontrado pela endoscopia digestiva alta, um tipo de exame que coloca um tubo com uma câmera acoplada que desce pelo esôfago até chegar no estômago e no início do intestino delgado. A partir disso, o médico irá analisar a presença de feridas, queimaduras, gastrites e os acúmulos na parede das células
Assim, para tratar os pólipos do estômago, o gastroenterologista irá retirar uma parte do tecido para encaminhar à biópsia. Uma vez que for identificado o tipo de formação celular, o profissional de saúde recomendará um tratamento à base de medicamentos antibióticos. Com a possibilidade de remoção por meio do exame de endoscopia.
Além disso, pode ser necessária uma mudança de hábitos na rotina. Optar por alimentos que não agridam o estômago e que sejam menos apimentados, por exemplo, faz parte do processo adaptativo de quem precisa remover os pólipos.
Em casos de o paciente já possuir um histórico de gastrites, úlceras, refluxo ou de sensibilidade estomacal, sugere-se também que ele siga as mesmas orientações prévias para o tratamento desses sintomas ao longo da vida.
Fonte: Dr. Carlos Machado, clínico geral e especialista em Medicina Preventiva. CRM/SP 41937 RQE 10659