A pitiríase é uma doença de pele que causa manchas de cores variadas, dependendo do tipo. A princípio, as marcas da pitiríase não são doloridas nem incômodas. Contudo, algumas pessoas com a condição podem sentir coceira e, em raras situações, a lesão se agrava e inflama.
Veja também: O que acontece com a pele quando você está estressado
Existem três classificações para a enfermidade, que variam de acordo com a coloração das manchas e as causas. São elas:
Normalmente causada pelo fungo Malassezia furfur, que faz parte da pele humana. Quando o micro-organismo se prolifera, ocorre um desequilíbrio na produção de melanina, que torna-se deficiente em algumas partes do corpo. Como resultado, surgem lesões de cor amarela e acastanhada, mas que parecem brancas por causa da incidência da luz e do contraste com a pele.
De origem idiopática — ou seja, desconhecida — as manchas da pitiríase alba são brancas, ressecam e descamam. Apesar de não haver uma causa específica, a suspeita é de que alergias e ressecamento da pele favoreçam o quadro. No entanto, não existem estudos que comprovem essa teoria.
Também sem uma razão específica, essa variação se destaca entre as demais por ser incômoda. Às vezes, a pessoa pode ter febre, falta de apetite e indisposição durante as crises, em que surgem grandes manchas vermelhas que coçam e inflamam; Ao redor das maiores, aparecem lesões menores e espalhadas pelo corpo. A aparência da lesão é semelhante à psoríase, em formato de placa. Diferentemente das outras, a rósea de Gilbert não costuma ser recorrente e se manifesta em determinadas épocas do ano, sobretudo na primavera e no outono. São pouquíssimos os casos de pessoas que sofrem com a condição por repetidas vezes.
Pessoas jovens e de pele morena são mais suscetíveis à pitiríase rósea, além de mulheres gestantes. Histórico de alergias e doenças dermatológicas também podem contribuir para as crises da enfermidade.
É feito no próprio consultório. Em geral, o médico analisa as manchas, há quanto tempo elas existem e determina o diagnóstico. Contudo, o profissional pode pedir alguns exames laboratoriais e biópsia para considerar outras doenças com sintomas parecidos.
Depende do tipo de pitiríase. Por exemplo, se for a versicolor, será necessário aplicar pomada antifúngica; para a rósea, que é mais aguda, o médico pode indicar pomadas com corticoides, que ajudam a reduzir a inflamação e a coceira. Por fim, para a alba, o uso de cremes emolientes é uma alternativa, pois as manchas tendem a ressecar e descamar. Algumas pessoas podem precisar de antialérgico, pois se coçam muito e precisam desse alívio para a recuperação da pele. Casos extremos, porém raros, não respondem ao tratamento e exigem outras opções, como as terapias de exposição a raios UVB. Durante os cuidados, é importante evitar a exposição ao sol para evitar as manchas da pele ou irritar as lesões.
Embora apareça em qualquer área do corpo, a pitiríase se concentra mais na parte frontal do tronco — peitoral e barriga, além de pernas e braços.
Se for devidamente tratada, a condição pode desaparecer completamente e sem deixar sinais na pele. No entanto, a pitiríase rósea pode deixar algumas manchas se a lesão foi profunda, mas que pode ser reversível com medicamentos apropriados.
O dermatologista é o especialista mais apto a diagnosticar e recomendar o tratamento da pitiríase, seja ela qual for.
Referências: Mayo Clinic; NHS UK; e American Academy of Dermatology Association.