Orthrus: nova variante da Covid é identificada no Reino Unido
A Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido identificou uma nova variante da Covid-19: a Orthrus, que, segundo a agência, tem potencial de se tornar dominante em toda a região. De acordo com um dos maiores sites de vigilância do país, o Instituto Sanger, a cepa já representa 23,3% de todos os casos de coronavírus registrados na nação. Além disso, é responsável por 100% dos testes positivos em pelo menos 15 distritos.
No entanto, ainda é cedo para dizer se a nova variante pode provocar casos mais graves da doença ou escapar da imunidade assegurada pelas vacinas bivalentes.
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Afinal, o que já se sabe sobre a Orthrus?
Embora a Orthrus seja responsável pelo maior número de infecções no Reino Unido, especialistas consideram outra variante ainda mais transmissível. A BQ.1.1, intitulada Kraken, também está crescendo rápido e possui maior escape imunológico do que outras cepas em circulação.
Os cientistas descobriram que ambas as subvariantes possuem peculiaridades genéticas. A primeira tem uma mutação chamada P681R, parecida com a da variante Delta. Acredita-se, ainda, que a transformação genética é uma melhoria das células de ataque, e causa quadros graves da doença.
Por fim, os pesquisadores também revelaram que a variante contém mutação no gene R346T. Ou seja, que ajuda a cepa a combater os anticorpos gerados em resposta à vacina ou a infecção anterior.
No Reino Unido, a atual cepa já circula desde novembro de 2022, quando foi sequenciada pela primeira vez. Só que, na época, tinha uma circulação bastante reduzida. Agora, já é dominante em pelo menos quatro cidades, como Oxford e Blackburn. Somente nas próximas atualizações de vigilância é que será possível entender melhor o seu impacto na saúde pública, como um possível aumento no número de internações (ou não).
Como se proteger da nova cepa da covid-19?
Embora a nova cepa provoque alerta, os responsáveis pela agência reforçam que “a vacinação continua sendo nossa melhor defesa contra futuras ondas da covid-19”. Além disso, os cientistas orientam que “as pessoas tomem todas as doses [de vacina] para as quais são elegíveis o mais rápido possível”.