Acne neonatal: O que é e como tratar?
Logo que os bebês nascem, é nítida a sensibilidade que eles possuem na pele. Dessa forma, é comum o surgimento de acne neonatal, que são aquelas bolinhas vermelhas que se assemelham às espinhas. Elas costumam aparecer no rosto de bebês recém-nascidos com nas primeiras 4 semanas de vida, e podem conter pus e até cravos. Nesse sentido, por ser um problema comum, cerca de 30% dos recém-nascidos podem apresentar essa condição.
As bolinhas são mais recorrentes no dorso nasal, nas bochechas e no lábio superior do bebê, mas também podem se espalhar pelo corpo.
As causas da acne neonatal
Frequentemente, a causa do surgimento da acne neonatal está relacionada com a passagem dos hormônios maternos para a criança, pois eles estimulam as glândulas sebáceas da criança a produzir sebo. Outra causa menos frequente é distúrbio hormonal do recém-nascido e inflamação causada por algum tipo de fungo.
Como as alterações que causam a acne neonatal são hormonais, não há como prevenir o problema. Porém, é importante que mamães e papais não espremam essas espinhas ou pequenos cravinhos que aparecerem, pois isso pode causar mais inflamação, dor e deixar a pele marcada.
Leia mais: Ganho de peso excessivo na gravidez pode aumentar o risco de alergia em bebês
Diagnóstico e tratamento
A acne neonatal é considerada leve, desaparecendo espontaneamente de 4 a 12 semanas sem deixar cicatriz. No entanto, se não sumir dentro desse período, é importante consultar um especialista. Em casos mais graves, podem ser usados medicamentos tópicos ou até mesmo sistêmicos para resolver o problema. O diagnóstico é clínico e não há necessidade de exame laboratorial.
Além de não espremer a espinha, existem outros cuidados que devem ser mantidos com a acne neonatal. O uso de água e sabão neutro para higienizar a região afetada, por exemplo, é o principal deles. Por fim, opte por roupas de algodão adequadas à estação do ano, evitando tecidos sintéticos ou muito quentes, além de não passar cremes, óleos ou pomadas na pele afetada.
Se o quadro persistir, é importante que os pais consultem um pediatra ou dermatopediatra para um diagnóstico mais preciso.
Fonte: Dra. Carolina Milanez, dermatologista. Formação médica pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).