Novo exame diagnostica doença de Alzheimer em até 20 minutos
A doença de Alzheimer tem se tornado cada vez mais comum entre a população mundial. Apenas no Brasil, estima-se que 1,2 milhão de pessoas tenham algum tipo de demência, incluindo a condição. Com a prevalência da doença, a ciência tem se empenhado em encontrar meios de diagnóstico mais simples. É o caso de um novo exame que promete abreviar o processo de identificação do quadro. A seguir, saiba mais sobre a novidade.
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Novo exame ainda é recente, mas poderá facilitar investigação precoce
Produzida pela Roche, a solução Elecsys CSF mapeia a dosagem das proteínas tau e beta-amiloide. O acúmulo de ambas as substâncias é uma marca registrada da doença de Alzheimer. Logo, estágios avançados apresentam grandes quantidades da dupla.
Para avaliar os biomarcadores, é necessária a amostra de líquor. Em apenas 20 minutos, é possível descobrir o quadro da demência. Com o novo exame, a expectativa é simplificar o diagnóstico da doença, que enfrenta uma jornada de avaliações clínicas e diversos exames específicos.
O teste ainda está restrito para o hospital Israelita Albert Einstein, que começou a oferecer o serviço há poucos dias. Contudo, a previsão é que a instituição estenda a disponibilidade do novo exame para outros hospitais e laboratórios.
Não há informações sobre a integração do produto ao Sistema Único de Saúde (SUS).
É possível prevenir a doença de Alzheimer?
A condição ainda não tem cura, mas diversos estudos e especialistas defendem que o estilo de vida pode prevenir ou minimizar a incidência do Alzheimer. Por exemplo, a prática de atividades físicas intensas pode melhorar a irrigação e o fluxo sanguíneo do cérebro, bem como a oxigenação.
Assim, evita-se o surgimento de outras comorbidades, além de contribuir para a promoção do bem-estar. Isso porque, durante a atividade física, há a liberação de hormônios e neurotransmissores que ajudam a prevenir alterações no estado de humor, trazendo benefícios para a saúde mental do indivíduo.
Inclusive, pesquisas apontam que o exercício físico aumenta tanto a expressão gênica quanto a proteína do fator de crescimento das células, que favorece a formação de novos neurônios e o fortalecimento das conexões neurais.
Ou seja, o movimento pode beneficiar o sistema nervoso e prolongar a saúde das funções cognitivas. Além disso, evitar o tabagismo, controlar o peso, seguir uma alimentação saudável e realizar novas atividades educativas e intelectuais aumentam as chances da longevidade e da autonomia na terceira idade.
Por fim, os check-ups regulares são essenciais para identificar doenças nos estágios iniciais. O Alzheimer é uma delas: quando descoberta precocemente, é possível administrar medicamentos que retardam o avanço da neurodegeneração.