Natal: entenda por que essa época mexe tanto com as pessoas
Quando se fala em Natal, é comum pensar em presentes em volta da árvore, decoração especial com muitas luzes, uma mesa farta e a família reunida. Assim, é a época mais esperada por grande parte das pessoas. Mas você já parou para se perguntar por que essa data mexe tanto com nossa mente?
De acordo com a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Sueli Cominetti Corrêa, as pessoas tendem a ficar entusiasmadas em dezembro. Afinal, é um período de férias, viagens e confraternizações.
“É um período que encerra muita dedicação e que precisa de um “balanço”, uma análise do que foi vivido, atingido, conquistado. As crianças ‘passam de ano e mudam de série’, pessoas concluem compromissos. Ou seja, é um momento de reflexão”, conta a especialista.
Leia também: Holiday burnout: síndrome se agrava no fim de ano. Sintomas e como prevenir
Conquistas e reflexões
Sueli lembra que a representação do Natal é transmitida de geração para geração e já faz parte da tradição dos brasileiros. Além disso, se fizermos reflexões sobre as conquistas e etapas vencidas, também é uma época que remete a um balanço interno, do que foi bom ou não.
“Vai além da análise do que foi alcançado no plano profissional, acadêmico ou do dia a dia. A data pode fazer as pessoas pensarem sobre a própria vida e o sentido dela, o que é importante e se elas estão fazendo o que acreditam ser o certo”, explica a psicóloga.
Para a psicóloga, muitas pessoas enxergam o Natal como um grande marco. Assim, pode ser de libertação de um ano difícil, a comemoração por conquistas ou então um chamado interno para mudança. “Por isso, essa data acaba sendo um momento em que as pessoas estão repletas de emoções, podendo agir de forma mais compreensiva, cuidadosa e até carinhosa”, ressalta.
E quem não gosta do Natal?
Há quem não goste do Natal, e está tudo bem! Assim como “o Grinch”, personagem conhecido na literatura e no cinema, que odeia o Natal, algumas pessoas passam bem longe das comemorações e preferem a introspecção.
Segundo a psicóloga, isso pode ter origem na própria história da pessoa, nas suas referências e valores, ou até em experiências dolorosas ou tristes. Além disso, as condições atuais da pessoa, como problemas financeiros, situação amorosa e/ou profissional, podem remeter a um movimento interno mais de observação, silêncio e ponderação.
Quem não gosta do Natal não deve ser julgado, mas entendido. “Este é um momento de compreensão e as pessoas devem ser respeitadas em suas individualidades. Para que todos possam aproveitar a data da forma como melhor se sentirem bem, é preciso respeito e aceitação”, finaliza a docente.
Fonte: Sueli Cominetti Corrêa, psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera.