Mortes por infarto aumentam entre mulheres jovens no Brasil
O número de mortes por infarto em mulheres jovens está aumentando cada vez mais no Brasil, de acordo com o estudo Global Burden of Diseases (GBD), divulgado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) nesta sexta-feira (19).
No documento, os cientistas ressaltam o crescimento da mortalidade de mulheres com idade entre 18 e 55 anos por doenças cardiovasculares. “Um terço das mulheres brasileiras morrem de doença cardiovascular e a maioria por infarto. E essas mulheres precisam ter acesso a protocolos de prevenção, tratamento e reabilitação adequados”, destacou a médica Gláucia Maria Moraes de Oliveira, membro do Departamento de Cardiologia da Mulher da SBC.
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Como evitar mortes por infarto: esteja atento aos sinais
Os sintomas de infarto em mulheres podem ser diferentes dos sintomas clássicos geralmente associados aos homens. Assim, enquanto os homens frequentemente experimentam dor no peito intensa e opressiva, as mulheres podem apresentar sintomas mais sutis. Como por exemplo, desconforto no peito, falta de ar, náuseas, vômitos, dor nas costas, no pescoço, na mandíbula ou no braço, fadiga extrema e sudorese.
O que pode causar infarto feminino?
No público feminino, alguns fatores de risco podem causar infarto nas mulheres — os mesmos fatores de risco de infarto em qualquer pessoa. Dessa formam, são eles:
- Pressão alta.
- Colesterol alto (especialmente colesterol bom, o HDL baixo, e colesterol ruim, LDL alto).
- Tabagismo.
- Sedentarismo.
- Obesidade.
- Pessoa com diabetes.
- Hipertensão.
- Com histórico familiar de infartos.
Mas sobre esse último fator de risco, Dr. Guilherme Spina, cardiologista e membro da Doctoralia, alertou em entrevista anterior à Vitat que se pais ou irmãos tiveram infarto, ou morreram de repente, especialmente com menos de 60 anos, existe um alto risco para infarto e deve ser avaliada o quanto antes.
Além disso, é importante saber que o infarto pode acontecer em qualquer idade, mas no gênero feminino acontece, em geral, após os 35 anos. No entanto, pode ser até mais cedo em fumantes e quem tem histórico familiar.
Tratamento
Existem algumas opções de tratamentos que normalmente são mais utilizados pelos cardiologistas após uma situação de infarto.
“O tratamento consiste em medicações, mudanças de estilo de vida, ajustes na alimentação e, acima de tudo, evitar fatores causadores de infarto como o tabagismo”, orienta o Dr. Guilherme.
Por fim, há também tratamentos com remédios, angioplastia (cateterismo), cirurgia de ponte de safena e fisioterapia após infarto.