Monóxido de carbono: saiba como evitar a intoxicação fatal
Intoxicações por monóxido de carbono (CO) são extremamente perigosas para a saúde devido à sua capacidade de interferir no transporte de oxigênio pelo corpo. De modo geral, essas intoxicações podem ser causadas pelo mau funcionamento e falta de manutenção de itens domésticos — como aquecedores, chuveiros elétricos e lareira.
Em 2023, duas situações envolvendo lareiras causaram a morte de dois casais. A primeira ocorreu em julho, em Minas Gerais; e a segunda em setembro, no litoral paulista.
Contudo, um caso recente surpreendeu a todos. Na manhã do dia 01 janeiro de 2024, quatro jovens perderam a vida dentro de um carro em Balneário Camburiú, Santa Catarina. A principal suspeita da polícia é que o grupo, que tinha entre 16 e 24 anos, também tenha sido vítima de intoxicação por monóxido de carbono. O gás teoricamente vazou do motor para o interior do veículo por conta de uma perfuração. Saiba mais sobre os riscos:
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O que acontece quando alguém inala monóxido de carbono?
Quando alguém inala monóxido de carbono, ocorre um problema crítico para o funcionamento do organismo. Isso porque o monóxido tem uma afinidade muito maior pela hemoglobina (proteína responsável pelo transporte de oxigênio) do que o oxigênio.
Ou seja, isso significa que, quando o CO está presente no sistema circulatório, ele se liga à hemoglobina, impedindo que ela transporte o oxigênio de maneira eficaz. Como resultado, menos oxigênio é entregue aos tecidos e órgãos do corpo, o que pode levar a sérios problemas de saúde — e até à morte.
Quando as células não recebem oxigênio suficiente, elas começam a sofrer danos e os órgãos começam a parar de funcionar, o que afeta negativamente o corpo inteiro. Dessa forma, se a exposição ao monóxido de carbono for grave e não for tratada a tempo, pode levar a danos graves ou morte devido à falta de oxigênio nos órgãos vitais, como o cérebro e o coração.
Sintomas comuns
Quando a substância entra em contato com as vias aéreas, ela pode causar inflamações, o que resulta em sintomas como náuseas, fraqueza e perda de consciência. Por outro lado, a exposição prolongada pode causar danos mais severos à saúde, como isquemia miocárdica, infarto do miocárdio, parada cardíaca e até mesmo morte por intoxicação.
Sem os devidos cuidados, equipamentos como aquecedor de ambientes a gás ou querosene, lareiras ou fornos à lenha também podem produzir o mesmo efeito prejudicial à saúde.
Como evitar uma intoxicação como essa?
O monóxido de carbono não tem cheiro ou cor. Por isso, é importante atentar-se às condições da lareira, observando se a fumaça está subindo para a chaminé ou para as janelas. Ela não pode invadir o ambiente. Por isso, certifique-se que o ambiente possui ventilação para evitar a concentração do monóxido.
Além disso, deve-se utilizar a lenha seca, pois a madeira molhada não queima inteiramente. Por fim, certifique-se que o local possui alvará de funcionamento, o que garantirá que a estrutura não oferece riscos aos hóspedes.
Assim, o uso de aparelhos domésticos deve seguir a regulamentação vigente, sendo que as manutenções periódicas são essenciais para evitar vazamentos fatais.
No caso de veículos, eles devem passar por vistorias regulares, e customizações desnecessárias devem ser evitadas.