Maioria das crianças pequenas não se vacinou contra a Covid-19
Com o fim da pandemia decretado hoje pela Organização Mundial da Saúde, o mundo respira mais aliviado. No entanto, a OMS reforça que a decisão não é sinônimo de erradicação do coronavírus. Pelo contrário: a vacinação e os demais cuidados devem permanecer sob prioridade dos sistemas de saúde de todos os países. Contudo, um dado preocupante descortina a necessidade de campanhas de vacinação. A maioria das crianças pequenas de 3 a 4 anos não possui o esquema vacinal completo contra a Covid-19.
A constatação vem de uma pesquisa do Observa Infância, projeto da Fiocruz com o Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase). Com informações dadas ao jornal GLOBO, o material aponta que das 5,9 milhões de crianças de 3 e 4 anos no Brasil, apenas 16% recebeu as duas doses.
Desde julho até novembro do ano passado, somente 5,5% dessa faixa etária possuía a primeira dose e a segunda de reforço. Em miúdos, 926.376 crianças de 3 e 4 anos receberam as duas aplicações, e 1.787.613 (31% do montante) apresentaram uma única dose.
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Maioria das crianças sequer tem o terceiro reforço
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde renovou as recomendações de imunização para as crianças dessa faixa etária. Além das duas prévias, elas precisam receber um novo reforço da Pfizer/BioNTech, respeitando o período de 4 meses da segunda aplicação. Essa regra se aplica àquelas que tomaram a Coronac; já para os pequenos que começaram o ciclo de imunização com a vacina da Pfizer, tal orientação não é necessária.
Sob este recorte, a porcentagem de crianças sob o alvo da terceira dose se reduz ainda mais. Menos de 1% — ou seja, 38.510 indivíduos — completaram o esquema vacinal.
Por que a vacinação contra a Covid-19 continua sendo essencial?
Mesmo em menores proporções, o vírus continua ativo e em constante mutação. Novas cepas têm surgido com frequência, e para enfraquecer o mecanismo adaptativo do coronavírus, é fundamental fechar o ciclo de vacinação.
Sobretudo entre as crianças menores de 5 anos, que são mais vulneráveis a internações, especialmente em épocas como o outono e o inverno. Mas, além de protegê-las individualmente, toda a população precisa colaborar e também se vacinar.
Afinal, existe a imunidade coletiva, que precisa ser de, no mínimo, 90%, para garantir a proteção contra o vírus em grande escala. Portanto, não deixe de se vacinar e faça o mesmo com seus filhos e familiares para evitar a propagação e complicações da doença.