Lily Allen é diagnosticada com TDHA; Entenda o transtorno

Saúde
03 de Abril, 2023
Lily Allen é diagnosticada com TDHA; Entenda o transtorno

Aos 37 anos, a cantora e compositora Lily Allen revelou ter sido diagnosticada com TDAH, transtorno neurobiológico que causa sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade. Segundo a cantora, que é dona de hits do pop internacional, o diagnóstico veio após uma suspeita de uma pessoa próxima. Ao se mudar para os Estados Unidos, Allen decidiu então investigar a hipótese. 

“Na verdade, acabei de ser diagnosticada com TDAH adulto. Tive que me desconectar completamente das redes sociais porque, assim que olho para elas, posso passar horas do meu dia”, relatou ao periódico The Times.

Ao falar sobre a descoberta, a Lily Allen revelou ainda que o TDAH é algo comum na sua família. Mas afinal, o transtorno de déficit de atenção é genético? Existem formas de evitá-lo? Continue lendo e entenda.

Veja também: Prática de esportes reduz sintomas de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

Diagnóstico de Lily Allen: TDAH é hereditário?

O TDAH é uma doença crônica que, em geral, é identificada logo na infância devido aos sintomas característicos como dificuldade em prestar atenção, impulsividade e comportamentos hiperativos. Contudo, em alguns casos, o transtorno pode ser descoberto apenas na fase adulta. Além de Lily, outros nomes famosos já revelaram ter a condição como Bil Gates, Will Smith e Jim Carrey. 

De acordo com o Instituto NeuroSaber, o TDAH pode ser genético e são altas as chances de que, se uma pessoa com o transtorno tiver filhos, eles também podem ter TDAH. Porém, a genética não é a única causa para desenvolvimento da condição, já que o transtorno também pode aparecer no caso de alterações cerebrais e até mesmo fatores ambientais

Contudo, vale reforçar que, apesar da pré-disposição genética, não é certeza que o transtorno será passado para os filhos necessariamente. Em alguns casos, a criança pode herdar os genes de TDAH e mesmo assim não desenvolver a doença. Além disso, até o momento ainda não existem exames de rastreamento que possam identificar a propensão ao transtorno de déficit de atenção.

Outros fatores de risco

Além da genética, fatores ambientais e alterações cerebrais, uma pessoa pode desenvolver TDAH por outros motivos como por exemplo:

  • Nascimento prematuro;
  • Baixo peso ao nascer;
  • Exposição ao tabaco durante a gestação;
  • Exposição ao chumbo.

Como diferenciar a falta de foco do TDAH

É comum as pessoas associarem a falta de foco com o TDAH. Especialmente durante o período de pandemia, a desatenção aumentou ainda mais e, com isso, muitos acreditaram estar com déficit de atenção.

“Sempre que falamos de transtorno na psiquiatria, temos que ter em mente que ele precisa ser grave suficiente e duradouro o suficiente para gerar disfuncionalidade. As pessoas não têm a mesma capacidade de atenção, foco ou o mesmo comportamento no dia a dia. O que difere uma pessoa ansiosa ou desfocada de uma pessoa com TDAH é a intensidade e prejuízo que os sintomas trazem”, ressalta o médico psiquiatra Dr. Ariel Lipman, em uma entrevista anterior à Vitat. 

Diagnóstico e tratamento 

O diagnóstico é feito pelas avaliações com o psiquiatra. Dessa forma, outros profissionais podem ajudar a elucidar o diagnóstico como por exemplo o neuropsicólogo, com a realização de testes.

Até o momento, ainda não há cura para o TDAH, mas a boa notícia é que existe tratamento, que consiste, basicamente, em medicamento e psicoterapia. Assim, a abordagem dependerá da individualidade de cada paciente e da gravidade do transtorno.  

Referências: Instituto NeuroSaber. 

 

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