Formas de lidar com a ansiedade de fim de ano

Bem-estar Equilíbrio
21 de Dezembro, 2022
Formas de lidar com a ansiedade de fim de ano

A ansiedade de fim de ano é tão comum quanto parece. Costuma ser uma época em que as pessoas são submetidas a inúmeros balanços e avaliações. Assim, podem surgir sintomas nada agradáveis como angústia, alterações de humor, insônia ou sono em excesso, dores musculares constantes e fadiga. 

De acordo com estudos, a carga de ansiedade e preocupação nessa época é maior do que em qualquer outro período do ano. O Isma-BR (International Stress Management Association – Brasil) mostrou em uma pesquisa que o nível de estresse e ansiedade do brasileiro sobe, em média, 75% em dezembro. 

“Fatores como saúde, problemas socioeconômicos, emocionais, entre outros diversos, acentuam a ansiedade já natural da época. Por isso, o ideal é buscar alternativas para mitigar as reações negativas”, afirma Claudia Petry, pedagoga e professora no Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville (SC). 

Portanto, confira algumas dicas para aproveitar as confraternizações de final de ano e diminuir os sintomas de ansiedade:

Lidar com a ansiedade de fim de ano: adicione música clássica na sua playlist 

Um estudo da Universidade de Stanford constatou que, ao ouvir música clássica, o fluxo de sangue aumenta em diversas áreas do cérebro, liberando dopamina e ativando regiões ligadas à autonomia, cognição e emoção. Além disso, a música clássica relaxa o ambiente, aumentando o foco e a concentração, especialmente em situações que requerem tranquilidade. 

“Ouvir música clássica constantemente eleva a atividade cerebral que envolve as sensações de prazer e recompensa. Reduzir a dor e a ansiedade, baixar a pressão arterial, combater a insônia, despertar emoções positivas e atenuar a tensão são alguns dos motivos para você aderir a música clássica”, reforça a psicóloga Monica Machado.

Lidar com a ansiedade de fim de ano: aposte na leitura terapêutica 

Segundo um estudo realizado pelo periódico Trends in Cognitive Sciences, a leitura traz vários benefícios para a mente. Pois aumenta as conexões neurais, melhora as funções cognitivas, diminui os níveis do hormônio do estresse, desacelera os batimentos cardíacos e o ritmo da respiração, e minimiza os sintomas do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).  

“Dentre as funções cognitivas, destacam-se a consciência, a orientação, a sensopercepção e a concentração. Daí a importância de escolher livros com temas que sejam de seu interesse, para que prendam sua atenção e direcionem sua concentração somente no livro. Pois uma vez envolvida na história, a pessoa se desliga do mundo externo e dos agentes estressores”, orienta Claudia Petry. 

Pratique a aromaterapia 

Os óleos essenciais promovem estímulos sensoriais que geram sensação de bem-estar e conforto. Dessa forma, eles são extraídos de plantas, flores e frutas. Assim, quando inalados, o olfato reconhece as moléculas dos óleos essenciais através de seus receptores, chegando até o sistema límbico, região do cérebro responsável pelas emoções.                              

De acordo com um estudo realizado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo),pacientes com depressão precisavam de menores doses de medicamentos após terem feito tratamento com aromaterapia, utilizando óleos cítricos.  

“O óleo de lavanda, por exemplo, um dos mais usados em desequilíbrios emocionais, beneficia o sistema nervoso autônomo, aliviando sintomas de depressão, ansiedade e enxaqueca. Já o óleo vetiver melhora a saúde emocional de forma semelhante a alguns remédios prescritos para ansiedade”, ressalta Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP, diretora técnica da farmácia de manipulação Formularium, especialista em Atenção Farmacêutica pela USP e membro da ANFARMAG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais). 

Invista na hortoterapia

Cultivar um jardim ou uma horta tem sido uma aposta cada vez mais usada para tratar distúrbios emocionais. Uma pesquisa publicada na Science Direct, a prática ajuda a promover redução da depressão e da ansiedade, além de proporcionar aumento da qualidade de vida e do senso de comunidade. 

Leia também: Fim de ano: Entenda os sentimentos que podem surgir no período

Em outro estudo, da Universidade de Princeton, os pesquisadores constataram um aumento significativo nos níveis de bem-estar dos praticantes de jardinagem doméstica, em especial, no cultivo de vegetais. Isso se deve à sensação de recompensa pela possibilidade de comer ou proporcionar aos outros um alimento que a própria pessoa cultivou. 

“Estar em contato com a natureza, por si só, já é altamente terapêutico. Isso porque cuidar de plantas gera uma resposta importante contra depressão, ansiedade e até transtorno bipolar. Uma boa dica é começar com uma horta orgânica e cultivar seus próprios alimentos em casa. Quem tem mais espaço pode ampliar aos poucos e variar os cultivos. O importante é você perceber as mudanças internas e dar continuidade ao que lhe proporciona prazer”, finaliza a psicóloga Monica Machado. 

Fontes

  • Claudia Petry, pedagoga e professora no Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville (SC);
  • Monica Machado, psicóloga, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein;
  • Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP, diretora técnica da farmácia de manipulação Formularium, especialista em Atenção Farmacêutica pela USP e membro da ANFARMAG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais). 

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