Formas de lidar com a ansiedade de fim de ano

Bem-estar Equilíbrio
21 de Dezembro, 2022
Formas de lidar com a ansiedade de fim de ano

Com a chegada do fim do ano, você fica mais ansioso do que o normal? Esse sentimento é mais comum do que parece. Afinal, essa costuma ser uma época em que as pessoas são submetidas a inúmeros balanços e avaliações. Assim, podem surgir sintomas nada agradáveis como angústia, alterações de humor, insônia ou sono em excesso, dores musculares constantes e fadiga. 

De acordo com estudos, a carga de ansiedade e preocupação durante os últimos meses é maior do que em qualquer outro período do ano. O Isma-BR (International Stress Management Association – Brasil) mostrou em uma pesquisa que o nível de estresse e ansiedade do brasileiro sobe, em média, 70% em dezembro. 

“Fatores como saúde, problemas socioeconômicos e emocionais, entre outros, acentuam a ansiedade já natural da época. Por isso, o ideal é buscar alternativas para mitigar as reações negativas”, afirma Claudia Petry, pedagoga e professora no Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville (SC). 

Portanto, confira algumas dicas para aproveitar as confraternizações de fim de ano e diminuir os sintomas:

Lidar com a ansiedade de fim de ano: adicione música clássica na sua playlist 

Um estudo constatou que, ao ouvir música clássica, o fluxo de sangue aumenta em diversas áreas do cérebro, liberando dopamina e ativando regiões ligadas à autonomia, à cognição e à emoção. Além disso, a música clássica relaxa o ambiente, aumentando o foco e a concentração, especialmente em situações que requerem tranquilidade. 

“Ouvir música clássica constantemente eleva a atividade cerebral que envolve as sensações de prazer e recompensa. Reduzir a dor e a ansiedade, baixar a pressão arterial, combater a insônia, despertar emoções positivas e atenuar a tensão são alguns dos motivos para você aderir à música clássica”, reforça a psicóloga Monica Machado.

Lidar com a ansiedade de fim de ano: aposte na leitura terapêutica 

Segundo outra pesquisa, dessa vez publicada no periódico Trends in Cognitive Sciences, a leitura traz vários benefícios para a mente. O hábito aumenta as conexões neurais, melhora as funções cognitivas, diminui os níveis do hormônio do estresse, desacelera os batimentos cardíacos e o ritmo da respiração e minimiza os sintomas do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).  

“Dentre as funções cognitivas, destacam-se a consciência, a orientação, a sensopercepção e a concentração. Daí a importância de escolher livros com temas que sejam de seu interesse, para que prendam sua atenção e direcionem sua concentração somente no livro. Pois uma vez envolvida na história, a pessoa se desliga do mundo externo e dos agentes estressores”, orienta Claudia Petry. 

Pratique a aromaterapia 

Os óleos essenciais promovem estímulos sensoriais que geram sensação de bem-estar e conforto. Eles são extraídos de plantas, flores e frutas.

“O óleo de lavanda, por exemplo, um dos mais usados em desequilíbrios emocionais, beneficia o sistema nervoso autônomo, aliviando sintomas de depressão, ansiedade e enxaqueca. Já o óleo vetiver melhora a saúde emocional de forma semelhante a alguns remédios prescritos para ansiedade”, ressalta Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP, diretora técnica da farmácia de manipulação Formularium, especialista em Atenção Farmacêutica pela USP e membro da ANFARMAG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais). 

Invista na hortoterapia

Cultivar um jardim ou uma horta tem sido uma aposta cada vez mais usada para tratar distúrbios emocionais. A prática ajuda a promover redução da depressão e da ansiedade, além de proporcionar aumento da qualidade de vida e do senso de comunidade. 

Leia também: Fim de ano: Entenda os sentimentos que podem surgir no período

Em um estudo da Universidade de Princeton, os pesquisadores constataram um aumento significativo nos níveis de bem-estar dos praticantes de jardinagem doméstica, em especial, no cultivo de vegetais. Isso se deve à sensação de recompensa pela possibilidade de comer ou proporcionar aos outros um alimento que a própria pessoa cultivou. 

“Estar em contato com a natureza, por si só, já é altamente terapêutico. Isso porque cuidar de plantas gera uma resposta importante contra sintomas de depressão e ansiedade. Uma boa dica é começar com uma horta orgânica e cultivar seus próprios alimentos em casa. Quem tem mais espaço pode ampliar aos poucos e variar os cultivos. O importante é você perceber as mudanças internas e dar continuidade ao que lhe proporciona prazer”, finaliza a psicóloga Monica Machado. 

Fontes

  • Claudia Petry, pedagoga e professora no Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville (SC);
  • Monica Machado, psicóloga, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein;
  • Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP, diretora técnica da farmácia de manipulação Formularium, especialista em Atenção Farmacêutica pela USP e membro da ANFARMAG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais). 

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