Número de jovens deprimidos dobra depois da pandemia
De fato, a pandemia e o isolamento social afetaram drasticamente a saúde mental das pessoas. A ciência vem comprovando as consequências negativas entre a população cada vez mais. Inclusive, de acordo com estudos, o número de jovens deprimidos depois da pandemia dobrou.
O medo de não saber o que está por vir, o luto, as perdas financeiras, estresse familiar, estudos a distância e home office, são alguns dos fatores que afetaram a mente da população.
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Jovens deprimidos depois da pandemia: a ciência afirma
De acordo com dados da pesquisa do Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia) o número de jovens com depressão dobrou depois da pandemia. Antes, a prevalência do problema em jovens com 18 a 24 anos era de cerca de 7%, agora aumentou para 14,8%.
Além disso, um estudo publicado na revista Nature mostrou o quanto a pandemia afetou a vida dos jovens. Para chegar aos resultados, a pesquisa contou com cerca de 227 mil adolescentes. Assim, os pesquisadores analisaram cinco pilares da vida dos participantes:
relacionamentos sociais, saúde mental, problemas de conduta e uso de substâncias, atividade física e tempo de tela e expectativas de vida futuras.
O resultado indicou que a pandemia levou ao aumento dos problemas de saúde mental entre os jovens devido ao isolamento social, problemas econômicos e interrupções nos serviços de saúde mental.
A vida social foi a mais afetada. Segundo o estudo, uma das maiores preocupações relacionadas à pandemia relatadas pelos adolescentes foi a falta de conexão com os amigos.
No entanto, os cientistas ressaltam que são necessários mais estudos para fornecer informações sobre o efeito da pandemia na saúde mental dos adolescentes.