Infarto ou ansiedade: principais diferenças e o que fazer
Dor no peito, falta de ar, sudorese. Quando surgem esses desconfortos, é comum que as pessoas fiquem em dúvida: infarto ou ansiedade?
Os sintomas das duas condições são muito semelhantes. Por isso, muitas vezes, as pessoas acabam recorrendo a hospitais, mesmo sem ter problemas no coração.
É fundamental saber a diferença entre os sintomas e as causas do infarto e da ansiedade. Veja abaixo:
Infarto
Um ataque cardíaco (ou infarto) é resultado da obstrução de uma artéria que leva o sangue para o coração. Dessa forma, as células do músculo cardíaco começam a morrer.
A dor costuma iniciar no peito e irradiar para o braço esquerdo. Também surge a sensação de aperto no tórax, suor excessivo, palidez e alteração na frequência cardíaca. Mas o ataque cardíaco pode ser assintomático, especialmente entre idosos e pacientes com diabetes.
A principal diferença entre o problema e a ansiedade, é que quando uma pessoa está tendo um infarto, não costumam surgir alterações na respiração.
Os sintomas do infarto são:
- Dor no peito, que pode irradiar para nuca, queixo, ombros ou para membros superiores;
- Dor no abdômen;
- Sudorese;
- Sensação de desmaio;
- Náuseas;
- Dormência e formigamento;
- Palpitações;
- Inquietação;
- Por fim, desorientação.
Ansiedade
Já a ansiedade consiste em um transtorno no qual a preocupação é mais constante, com picos eventuais. É uma resposta natural diante de situações que a mente encara como perigosas. Assim, nesses momentos de preocupação intensa, entra em ação um mecanismo de defesa que prepara o corpo para fugir ou enfrentar a ameaça.
O Brasil é um dos países com mais pessoas ansiosas, segundo relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso porque mais de 9% da população é afetada pela ansiedade, o triplo da média mundial.
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Geralmente, as crises ansiosas atingem seu auge entre 10 e 20 minutos. Aos poucos, o paciente tende a baixar os níveis de adrenalina e recuperar o controle corporal. Dessa forma, sinais prévios de depressão e alterações de humor também podem caracterizar o quadro.
Ao contrário do infarto, a dor da crise de ansiedade se concentra na área do peito, mas sem a pressão gerada nos ataques cardíacos. Além disso, as dores e os formigamentos podem surgir em qualquer parte do corpo, como braços, pernas, dedos, tórax e pescoço.
Os sintomas mais comuns incluem:
- Tremedeira;
- Suor;
- Dores de cabeça;
- Problemas no estômago e náuseas;
- Inquietação;
- Irritabilidade;
- Cansaço;
- Dificuldade para se concentrar;
- Tensão muscular;
- Por fim, insônia.
Infarto ou ansiedade: como lidar com as duas condições?
Em primeiro lugar, é necessário entender as diferenças entre os sintomas e ir ao pronto-socorro para evitar algo pior. Portanto, faça um check-up da saúde do seu coração para saber se está tudo bem.
Assim, não hesite em buscar ajuda profissional, tanto da saúde física quanto da mental. Pois ter o apoio de um terapeuta através da psicoterapia é fundamental.
Além disso, outra dica importante é aprender a controlar a sua respiração. Isso porque durante a crise de ansiedade, a pessoa deve iniciar uma respiração diafragmática lenta, com várias repetições. Isto é, ela precisa sentir o ar entrando e saindo, focando mais na expiração do que na inspiração.
Eu sou uma pessoa ansiosa?
A ansiedade nem sempre significa algo ruim, sabia? Trata-se de um sentimento que pode ser benéfico em alguns casos, pois nos faz partir para a ação. Pense bem: se você está se preparando para uma apresentação no trabalho, planejando a sua festa de aniversário ou envolvido na resolução de algum conflito, não seria interessante imaginar possíveis contratempos e tentar minimizar as chances deles acontecerem?
O problema começa quando a ansiedade se torna constante e atrapalha a nossa qualidade de vida. “O transtorno de ansiedade é uma condição clínica na qual essa resposta adaptativa fica desregulada e passa a nos trazer mais problemas do que ajudar”, explica a psicóloga Ediane Ribeiro.
Às vezes, esse sentimento é tão frequente na vida da pessoa, que ela não percebe os seus prejuízos para a saúde mental. Se você desconfia que talvez esse seja o seu caso, faça o teste para descobrir o seu nível de ansiedade: