Estudo revela melhor horário para pessoas com obesidade treinaram
Uma mudança simples no horário de treinar está relacionado a benefícios para o coração, especialmente para pessoas com obesidade, é o que afirma um novo estudo realizado pela Universidade de Sidney, na Austrália.
A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública. Só no Brasil, mais da metade da população (55,4%), tem sobrepeso e cerca de 19% já atingiram o grau de obesidade, segundo dados da ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Saiba mais a seguir!
Afinal, qual é o melhor horário para treinar?
A pesquisa, que foi publicada na última semana na revista Diabetes Care, da American Diabetes Association, mostrou que pessoas com obesidade se beneficiaram com o treino no período noturno (entre 18h à 00h), o que também proporcionou mais benefícios para a saúde do coração., como menor risco de morte prematura ou devido a problemas cardiovasculares.
Para chegar aos resultados, a equipe de pesquisadores avaliou o efeito do treino realizado de manhã, tarde e noite ao longo de 8 anos.
No total, o estudo contou com 30 mil participantes com mais de 40 anos e que apresentavam um quadro de obesidade. Parte dos participantes, cerca de 2.995, também tinham diabetes. Eles foram monitorados a partir de dispositivos de medição (smartwatches).
Dessa forma, os grupos foram separados por período de treino: manhã, tarde ou noite. Durante a análise total, os pesquisadores também computaram dados importantes. Houveram 2.162 eventos de disfunção vascular, 3.980 eventos cardiovasculares e, por fim, 1.425 mortes.
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Conclusões
Por fim, a pesquisa apontou que os participantes que se exercitavam durante a noite apresentaram resultados melhores quanto ao risco de doenças e mortalidade.
“Devido a uma série de fatores sociais complexos, cerca de dois em cada três australianos têm excesso de peso ou obesidade, o que os coloca em um risco muito maior de doenças cardiovasculares graves, como ataques cardíacos e derrames, e morte prematura”, afirma Angelo Sabag, palestrante em Fisiologia do Exercício pela Universidade de Sydney.
“O exercício não é de forma alguma a única solução para a crise da obesidade, mas a investigação sugere que as pessoas que conseguem encaixar a sua atividade em determinados momentos do dia podem compensar melhor alguns destes riscos para a saúde”, completa.
A obesidade é uma doença crônica e de consequências graves. Por isso, medidas eficazes para o seu tratamento envolvem mudanças que vão além dos exercícios físicos. Por exemplo, dieta saudável, bom sono e tratamento de condições pré-existentes. Em alguns casos, recomenda-se também o tratamento medicamentoso ou intervenção cirúrgica, como a bariátrica.
Portanto, é fundamental que as pessoas com obesidade procurem um profissional da saúde para que ele determine qual é o melhor tratamento, após avaliação médica que envolve exames e análise de histórico médico e familiar.
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